O Baile do Siri na Lata brindou a sua história e fez uma ode ao amor com um baile colorido, sem amarras, regado à irreverência e liberdade. Paulo Braz e o filho, o apresentador do GNT Caio, e Ricardo Carvalho comandaram com maestria mais uma edição do agito, sexta-feira (22), no Clube Português. O trio convocou Daniela Mercury para animar a festa. E não teve para onde: a baiana reinou absoluta, com a energia e carisma lá em cima e uma pegada política que já virou a sua marca.
Daniela é a única atração nacional a se apresentar no baile, que sempre busca valorizar os nossos talentos da terra. E tem mais. Não só é a única, como veio pela segunda vez consecutiva. Mas quem abriu a noite para a sua apoteose foi Almir Rouche, com os clássicos carnavalescos que não podem faltar à folia no estado. O cantor fez duetos com várias cantoras locais, uma merecida e necessária reverência à força feminina na cena artística local. O ponto alto foi o duo com a pernambucana radicada no Rio de Janeiro Duda Beat, que está mesmo na crista da onda. Duda fez a sua estreia no Siri na Lata da melhor maneira possível. Outro nome da terrinha que brilhou no palco foi Romero Ferro, já conhecido e adorado pelo público. Foi uma noite de alegria, sem espaço para preconceitos. Bonito mesmo de se ver.
E não foi só animado. O Siri também foi dos agitos mais prestigiados da cidade. O senador Jarbas Vasconcelos desfilou com o novo amor pelos camarotes, Driane Júlia, e curtiu bastante os shows ao lado também do filho, Jarbinhas. Também anotado o cientista político Antonio Lavareda, que estava rodeado de amigos e com a namorada, a jornalista Cacyone Gomes.
No camarote dos anfitriões, muita gente do eixo Rio-São Paulo, convidados de Caio Braz. Era o point descolado em meio à tradição do Siri. Várias gerações reunidas e o desejo de cair na folia. Já no espaço open bar, que ficava na outra metade do U que forma os camarotes, só a galerinha que faz e acontece na cidade. Mas todos desceram para assistir ao show de Daniela sentindo o calor da pista. Maravilha total.
Daniela subiu ao palco poderosa, como já virou tradição e regra. Brilhou ao entrar com dançarinos envergando bandeiras LGBTI+ e bradando a diversidade, o amor. Foram mais de duas horas de show, com a pista fervendo e seguindo todos os passos da diva baiana. Era possível, em certo momento, ver a galera de um lado a outro do clube, no ritmo de “Maimbê Dandá”.
Foi na hora de “Proibido o Carnaval”, canção em parceria com Caetano Veloso, que Daniela viveu o seu apogeu no palco. Fez um discurso politizado, ressaltando as falas dos ministros do Supremo Tribunal Federal em relação à criminalização da homofobia, e fez diversas vezes a pergunta: “Vai de rosa ou de azul?”, tirando uma onda com a declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Também reverenciou o Ilê Aiyê, que completa 45 anos e para o qual a cantora fez a canção “Pantera Negra”. Como o agito reuniu toda a turma alterna, não era raro de ouvir o grito de “Ai, ai ai ai, ai ai ai ai ai ai ai, Bolsonaro é o *”.
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