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Mulheres confeccionam protetores para hospitais públicos em PE

Produção de protetores faciais - Foto: Arthur de Souza/FolhaPE
Em pouco mais de um mês, o grupo alcançou a marca de 10.000 protetores produzidos

Nove mulheres se uniram no Recife para ajudar no combate ao coronavírus. O grupo, formado em sua grande maioria por dentistas, teve a iniciativa de confeccionar protetores faciais para hospitais públicos de Pernambuco que estão no combate ao coronavírus. A ideia, aliás, começou com Carolina Arteiro, após uma conversa com uma amiga médica que não tinha os EPIs necessário para trabalhar. Assim, então, nasceu o projeto Protetor do Bem, que ganhou força nas redes sociais. Todo o trabalho é feito de forma voluntária, com ajuda da população, que doa os insumos ou dinheiro para compra deles, e fornecedores, que auxiliam na distribuição dos materiais para confecção dos protetores.

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O trabalho começou no final de março, mas, nesta semana, as mulheres alcançaram a marca de 10.000 protetores produzidos. Aliá, muito do grande fluxo de trabalho veio da alta demanda pelos protetores. Carolina Arteiro contou que o grupo trabalha com uma lista de inúmeras unidades de saúde que pediram pelos protetores. Além da RMR, dezenas de cidades do interior do estado já foram atendidas.

Protetores faciais produzidos pelo projeto – Foto: Arthur de Souza/FolhaPE
Protetor facial – Foto: Divulgação

Além disso, Carolina também afirmou que não esperava que a demanda seria tão intensa. Ela contou que, nesta quinta-feira (30), o projeto irá lançar uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para compra de acetato, principal material dos protetores faciais. Segundo ela, a demanda é tanta, que o grupo precisa ter o dinheiro em caixa para não perder a compra do material. “O acetato quando chega, temo que comprar na mesma hora, se não esgota e, por isso, precisamos já ter o valor em caixa. Se esperarmos chegar o material, para então arrecadar o dinheiro, podemos perder a compra, como já aconteceu outras vezes”, contou.

Carolina mostra parte dos protetores já produzidos – Foto: Arthur de Souza/FolhaPE

Ainda assim, a grande dificuldade do grupo é em conseguir os insumos. Segundo Carolina, existem muitas pessoas que queiram doar, mas elas não conseguem comprar. “Um dos nossos objetivos, quando começamos o projeto, era disseminar a ideia [de produção de protetores faciais], então agora, quando o material chega nos fornecedores, acabam na mesma manhã”, contou a criadora do projeto. Ainda assim, ela comemora que o grupo recebe grandes doações, de empresas e pessoas conhecidas da sociedade pernambucana, mas que preferem permanecer no anonimato.