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Governo anuncia parceria para produção de vacina contra Covid-19

Vacina contra coronavírus será produzida no Brasil - Foto: Reprodução
Acordo com Reino Unido prevê fabricação de 100 milhões de doses do imunizante no país

Mais um grande avanço para a saúde e tecnologia brasileira. Neste sábado (27), o Governo anunciou uma parceria que prevê a produção de 100 milhões de doses de vacina contra coronavírus. O acordo com o Reino Unido é referente ao imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e um laboratório inglês. A possível vacina, aliás, está sendo testada no Brasil.

Vacinas para coronavírus são testadas em diversos países – Foto: Divulgação

O acorde prevê a produção de 100 milhões de doses de vacina por meio da aquisição de insumos e transferência de tecnologia para produção no país. Na fase inicial, dois lotes chegam ao Brasil com todos os itens necessários. Um em dezembro deste ano e outro em janeiro de 2021, totalizando cerca de 30 milhões de doses, ao custo de US$ 127 milhões. Aliás, esses primeiros lotes serão destinados aos grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, além de profissionais de saúde e trabalhadores da segurança pública.

Idosos receberam vacina contra gripe sem sair do carro – Foto: Arthur de Souza/FolhaPE
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Se comprovada a segurança e eficácia da vacina, o Brasil deverá produzir mais 70 milhões de doses. Com 100 milhões de doses, esperadas se a parceria avançar, seria possível vacinar quase metade da população do Brasil. O valor dessa segunda aquisição seria cerca de US$ 160 milhões. O governo informou que enviou a carta de intenções participar do consórcio internacional cujo objetivo é desenvolver e distribuir a potencial vacina.

Ainda assim, não foi comprovada a eficácia da vacina, apesar de ser uma em fase mais avançada de estudo e com resultados muito promissores. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, justificou a opção por assumir o risco da pesquisa. “O risco é necessário devido à urgência de busca de solução efetiva para as demandas de saúde pública. Consideramos um avanço para a tecnologia nacional e uma amostra do esforço do governo de encontrar soluções para a população brasileira”, afirmou.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco – Foto: Júlio Nascimento/Presidência

Ainda assim, caso não seja comprovada a eficácia, o secretário de Vigilância em Saúde informou que não haverá aplicação da vacina, mas que permanece a transferência de tecnologia prevista no acordo para continuar avaliando soluções de tratamento. Isso porque existem 460 projetos de pesquisa aprovados sobre diferentes aspectos relacionados à Covid-19, de tratamentos ao entendimento da doença. Há também 114 ensaios clínicos e 44.262 participantes dessas iniciativas.