As emissões globais de dióxido de carbono registraram a maior queda em um primeiro semestre este ano. As taxas caíram 8,8% nos primeiros seis meses e isto se deve aos efeitos das restrições causadas pela pandemia do novo coronavírus. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14), no periódico científico Nature Communications. Realizada por um grupo de cientistas da China, França, Japão e Estados Unidos, o estudo mostra que as emissões diminuíram em 1,551 milhão de toneladas, ou 8,8%, na primeira metade de 2020 quando comparadas com o mesmo período do ano passado.
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Tal redução representa a maior do tipo em um primeiro semestre e a maior já causada por uma retração econômica. A queda também foi maior do que a redução anual vista durante a Segunda Guerra Mundial, mas as emissões danosas são muito maiores hoje do que então. Os cientistas usaram dados baseados na atividade em tempo real e analisaram as tendências diárias, semanais e sazonais de emissões de CO2 antes e depois da pandemia de covid-19 e da retração econômica que ela desencadeou.
Na última primavera no Hemisfério Norte, governos de todo o mundo impuseram lockdowns para conter a pandemia de covid-19, que reduziu o consumo de energia da produção industrial e dos transportes, o que resultou em um declínio das emissões de gases de efeito estufa. O clima mais quente do que o normal visto na maior parte do Hemisfério Norte ainda significa que as emissões foram um pouco menores do que teriam sido na mesma época do ano passado.
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