Enquanto no Recife a prefeitura decidiu adiar o debate em torno da questão da realização ou cancelamento do carnaval de rua para depois das eleições, no Rio de Janeiro a decisão já foi tomada nesta quinta-feira (29). Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, representantes de blocos oficiais e independentes, RioTur e especialistas em saúde e segurança decidiram, em reunião, que não será possível realizar o evento sem a existência de uma vacina contra o novo coronavírus. O desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio já havia sido adiado por uma decisão no fim de setembro.
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A decisão foi tomada durante o encontro Desenrolando a Serpentina, promovido pela Sebastiana, a Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro. “Realizadores e desfilantes já tinham este posicionamento de que não iam desfilar sem a vacina. O nosso posicionamento é que não tem carnaval em 2021. Vai pular para 2022, e se lá a gente tiver condições de realizar” disse Fabrício Villa Flor, presidente em exercício da Riotur.
De acordo com Rita Fernandes, presidente da entidade, nesta edição, especialistas em saúde foram convidados a apresentar os dados sobre a pandemia. “Os especialistas disseram que não tem condições de imunização da população até junho. Nós já tínhamos dito que, da nossa parte, não tem como fazer carnaval no segundo semestre, a cidade tem outro calendário. Então, a Sebastiana e os blocos independentes não farão”, afirma.
Além do cancelamento, a Sebastiana também propôs ao Ministério Público que seja feita uma grande campanha de conscientização sobre os riscos que o carnaval de rua pode significar para a saúde pública. “Podemos usar a força que os blocos têm com suas redes e fazer um esforço de comunicação para que outros grupos também compreendam que na data do carnaval não dá pra fazer, pra todo mundo ser responsável”, revela.
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