O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta terça-feira (10), durante teleconferência com a agência Bloomberg, que o auxílio emergencial pode voltar caso o Brasil sofra com uma segunda onda da Covid-19. Aliás, segundo o ministro, novas parcelas serão possíveis porque o governo já digitalizou 64 milhões de brasileiros. “Deixamos bem claro para todo mundo. Se houver uma segunda onda no Brasil, temos já os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e o que eles precisam para sobreviver”, afirmou Guedes.
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O ministro seguiu dizendo que os gastos ligados à Covid, que representam mais de 8% do PIB (Produto Interno Bruto), ficariam em patamares menores no caso de um novo crescimento da contaminação. “Se uma segunda onda nos atingir, aí iremos aumentar mais [os gastos]. Em vez de 8% do PIB, provavelmente [usaremos] desta vez metade disso. Porque podemos filtrar os excessos e certamente usar valores menores”, disse o ministro.
Além disso, Guedes enfatizou que o auxílio emergencial, hoje a principal medida da crise ao demandar R$ 322 bilhões, foi desenhado no início com um valor menor justamente para ser pago por um período maior, mas que a classe política mudou os números. O ministro, aliás, planejava que R$ 200 fossem pagos à população, mas o Congresso demandou R$ 500. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro aumentou para R$ 600, com objetivo de ficar com a paternidade do valor. Ainda assim, após cinco meses, o valor caiu para R$ 300.
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