A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (11), a retomada dos testes com a vacina Coronavac. O imunizante, que é desenvolvido em parceria pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, é um dos que passam por pesquisas para combater o coronavírus.
A decisão pela continuidade das pesquisas foi anunciada em nota nesta manhã. “A ANVISA informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan”, comunicou a agência.
No documento, o órgão afirmou, ainda, que segue acompanhando o evento que levou à suspensão dos testes. “A ANVISA entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação e segue acompanhando a investigação do desfecho do caso para que seja definida a possível relação de causalidade entre o EAG [evento adverso grave] inesperado e a vacina”, diz a nota.
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Suspensão de testes da Coronavac ocorreu por informação incompleta
O anúncio da retomada dos estudos acontece, aliás, após uma série de questionamentos sobre os motivos que levaram à interrupção. Nesta terça-feira (10), inclusive, o presidente Jair Bolsonaro comemorou a suspensão dos testes, atitude muito criticada por políticos e autoridades de saúde.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, foi um dos que criticaram o posicionamento de Bolsonaro. “Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no País, uma economia frágil e um Estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal. E a todos os parentes e amigos de vítimas da Covid-19 a nossa solidariedade”, escreveu no Twitter, fazendo menção aos discursos e adjetivos usados pelo presidente da República.
Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) November 10, 2020
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