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“Não existe racismo no Brasil”,diz Mourão sobre morte no Carrefour

Hamilton Mourão - Reprodução/Correio Brasiliense
João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi agredido até a morte na noite de ontem no interior de uma loja da rede

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que foi “lamentável” a morte de João Alberto Silveira Freitas, o homem negro de 40 anos brutalmente espancado até a morte por dois seguranças brancos em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre. Contudo, Mourão alega não ter visto racismo no caso, porque, segundo ele, “não há racismo no Brasil”.

Vice-presidente Hamilton Mourão – Foto: Divulgação

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O vice-presidente realizou as declarações ao ser questionado sobre o caso ao chegar no Palácio do Planalto no início da tarde desta sexta (20). “A princípio, a segurança (estava) totalmente despreparada para a atividade que tem que fazer”, disse. Em seguida, o ex-presidente foi perguntado se via racismo no caso. “Para mim, no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar aqui para o Brasil, não existe aqui. Digo isso porque já morei nos Estados Unidos. Aqui existe desigualdade. Fruto de uma série de problemas”, alegou.

Após negar o ato racista, Mourão foi questionado sobre casos evidentes como a agressão a um motoboy em Valinhos (SP) em agosto. De acordo com ele, o caso foi uma “coisa pessoal”.

Mais cedo, também do governo federal, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se solidarizou e colocou a pasta à disposição da família de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Nas redes sociais, Damares disse que as imagens do ocorrido causam “indignação e revolta”.

“A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta”, escreveu a ministra.