A vereadora Marília Arraes estava confiante nas eleições. Recebeu apoio massivo da população e já estava certa da vitória, mas não esperava ser das mais votadas. Com 11.872 votos, foi a sexta no ranking dos mais bem posicionados. “Eram muitas manifestações de apoio por onde a gente passava”, destacou, lembrando que essa força veio, sobretudo, depois de ter deixado o PSB por divergências ideológicas. “O apoio aumentou desde que eu comecei a confrontar a guinada à direita que o PSB deu”, completou.
A vitória expressiva veio com gostinho especial, principalmente em resposta àqueles que colocavam a responsabilidade da conquista do cargo com o parentesco com Eduardo Campos. Nestas eleições, já filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), a vereadora provou que sempre caminhou com as próprias pernas. “Nunca fui carregada nas costas por ninguém”, disse, enfática. “Foi muito bom o que aconteceu. Mostra que, apesar da gente viver estado de exceção, com o PSB dominando todo o Estado, uma pessoa que enfrentou diretamente o partido conseguiu vencer”, continuou. Dedicou a conquista aos que divergiram e aos que “querem divergir, mas não podem”.
Créditos: Reprodução Facebook
Comemorou e já está focadíssima no trabalho, dividindo-se entre reuniões e sessões na Câmara Municipal do Recife. Vai fazer plenárias com os grupos que a apoiaram na campanha, alguns ligados à cultura; outros, à educação, e também aqueles que militam pelos direitos LGBT, a exemplo do Amo Trans e o Coletivo de Lésbicas.
A entrevista que concedeu ao site Roberta Jungmann limitou-se à vitória e objetivos políticos. A vereadora não quis comentar a vitória do marido, o também vereador Felipe Francismar, do PSB, que ficou em quinto entre os mais votados da Cidade, com 12.183 votos.
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