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Haddad é condenado a pagar indenização a Edir Macedo

Haddad pagará indenização de R$ 79.182 a Edir Macedo - Foto: Divulgação
A ação foi movida após o petista ofender o líder religioso

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi condenado pelo juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 6ª Vara Cível da capital, a pagar indenização de R$ 79.182 após ofender o líder religioso Bispo Edir Macedo. O dinheiro será destinado a uma instituição beneficente.

A ação foi movida depois do petista afirmar que o apoio de Edir Macedo à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República seria provocado pela “fome de dinheiro”. Haddad ainda acusou o líder da Igreja Universal de ser um “charlatão fundamentalista”.

Além da indenização, Fernando Haddad também terá que se retratar, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia de atraso, além de pagar os custos do processo e dos advogados no valor de 10% do valor da causa (aproximadamente R$ 8 mil). Em trecho que consta na decisão da justiça, Haddad, em sua defesa, não negou ter pronunciado as palavras, mas sustentou que o fez “sem ânimo de ofender ou causar dano ao bispo”.

Porém, o juiz do caso questiona e responde: “Será que um bacharel, mestre e doutor pela USP, ex-prefeito da maior cidade do país e que chega ao segundo turno da eleição presidencial com 31 milhões de votos imagina que chamar líder religioso de charlatão e faminto por dinheiro não é conduta capaz de ofender o patrimônio ideal do conhecido bispo? Será que, na ótica de Fernando Haddad, pessoas politicamente expostas estão sujeitas a todo tipo de crítica, mesmo que mirem no que há de crucial em suas crenças e profissões? Resposta óbvia: não e não!”.

Em sua decisão, o magistrado destaca ainda que “pode-se gostar ou não da crença, da figura e da igreja do autor. Pode-se evitar seus templos, seus programas de televisão e inclusive dar notitia de irregularidades às autoridades competentes. O que não se pode, em hipótese alguma, é atribuir ao bispo características incompatíveis com a liderança que exerce perante milhões e milhões de cidadãos brasileiros e estrangeiros”.

Para o juiz, Haddad “potencializou os efeitos de sua infeliz declaração, lançando-a nas mídias sociais com acesso a centenas de milhares de destinatários”. E logo depois, continuou afirmando que é “impossível estimar a dimensão dos danos causados a Edir Macedo Bezerra, que não persegue lucro fácil (faminto por dinheiro não perderia a chance…), tanto que indicou desde cedo instituição beneficente para receber a verba indenizatória”.

Haddad também foi processado pelo crime de intolerância religiosa, antes desta ação, e em queixa-crime por calúnia, injúria e difamação por seus ataques aos cristão, à Universal e ao Bispo Edir Macedo. As atitudes de Fernando Haddad provocaram um grande movimento de solidariedade por parte de lideranças religiosas de diferentes correntes, que repudiaram as ações do ex-prefeito de São Paulo à fé cristã e assinaram uma carta de apoio à Universal.