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Cafi ganha doc que será feito por cineastas pernambucanos

Cafi foi o autor de quase 300 capas de discos da música brasileira - Foto: Reprodução/Facebook Canal Brasil
O fotógrafo, que faleceu no último dia de 2018, terá sua vida contada por Lírio Ferreira e Aquiles Lopes

Fotógrafo, artista plástico e produtor cultural, o pernambucano Carlos Filho faleceu de um infarto no último dia de 2018, na Praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. Com 68 anos, ele era uma figura extremamente querida no mundo das artes.

Cafi, como era chamado, terá suas muitas histórias contadas no documentário “Salve o Prazer”, dirigido por Lírio Ferreira para o canal Curta. O longa tem roteiro do próprio Lírio e do jornalista Aquiles Lopes, realizado pela Luni Produções, e procurou unir fotografia, artes plásticas e música.

A ideia de produzir o documentário surgiu a partir de uma conversa entre Cafi e o jornalista Aquiles, no estúdio da Luni Produções. Eles perceberam que, com mais de 40 anos de carreira, o artista tinha muitos materiais que nunca tinham sido expostos nem vistos. O jornalista contou que o artista embarcou de primeira na ideia e que o seu principal pedido foi que a produção fosse dirigida pelo cineasta recifense Lírio Ferreira.

O processo de produção do longa aconteceu entre 2017 e 2018. O documentário vai contar a história das produções das quase 300 capas de discos que o fotógrafo produziu durante sua jornada no mundo da música e deve estrear ainda no primeiro semestre de 2019.

 

Capa do disco “Clube da Esquina” (1972), foi o primeiro trabalho e um dos mais conhecidos de Cafi – Foto: divulgação

O título “Salve o Prazer” da produção foi ideia do próprio Cafi, que se inspirou em um dos versos da música “Alegria” do cantor Assis Valente. Não sendo bastante, Cafi esteve presente em todos os momentos da produção. “Ele participou de todas as etapas. Desde a concepção até a obra, do argumento… de tudo. Do processo inteiro”, contou o jornalista Aquiles Lopes.

O documentário conta com relatos de figuras como Alceu Valença, Lô Borges, Zé Celso Martinez Correia, Deborah Colker e Jards Macalé, com falas que trazem memórias das produções das capas discos e da relação de amizade que tinham com o fotógrafo.