O polêmico documentário “Leaving Neverland”, que estreou na última sexta (25), no Festival de Sundance, falando sobre a vida de Michael Jackson, vem causando polêmica por detalhar abusos que o cantor teria cometido contra crianças, em especial duas delas, Wade Robson e James Safechuck, que frequentaram o rancho do cantor na Califórnia, nos anos 90.
A reação às denúncias apresentadas da família de Michael foi a pior possível. Em um comunicado, os detentores do espólio do astro se dizem furiosos com a produção e afirmam que o cantor está sendo objeto de “linchamento público”.
“Michael sempre dava a outra face, e sempre demos a outra face quando as pessoas foram atrás de membros de nossa família. Esse é o jeito de Jackson”, afirma o comunicado. “Não podemos apenas ficar de pé enquanto este linchamento público continua. Michael não está aqui para se defender. Caso contrário, as acusações não teriam sido feitas”.
A família ressalta ainda que Michael Jackson já foi submetido à investigação, que incluiu uma averiguação completa no rancho Neverland, e que, mesmo assim, ele foi absolvido por unanimidade em um julgamento realizado em 2005, envolvendo outro jovem.
Wade Robson testemunhou nesse julgamento afirmando que havia dormido no quarto de Michael Jackson muitas vezes, mas que o astro jamais o molestou. James Safechuck também fez declarações semelhantes aos investigadores quando era criança. Em 2013, Robson e Safechuck entraram com novos processos alegando que o estresse e o trauma os levaram a omitir informações. As acusações foram descartadas por falta de evidências, mas a ação ainda corre na justiça sob recurso.
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