Morto em junho de 2009, o corpo de Michael Jackson pode ser exumado para comprovar possíveis relatos de abusos de crianças, pré-adolescentes, deficientes e pessoas com doenças terminais, de acordo com o portal Radar Online. Após a exibição do documentário “Leaving Neverland”, pela HBO dos Estados Unidos, 11 novas pessoas apresentaram relatos de abusos sofridos pelo artista.
A primeira parte do documentário foi ao ar na noite de quinta-feira (7). No especial de 4h, Wade Robson e James Safechuck deram detalhes sobre como Michael os preparos e os abusou sexualmente antes de coloca-los de lado para fazer o mesmo com outros meninos. A família do Rei do Pop entrou com uma ação judicial contra a emissora, em uma tentativa de impedir que o documentário continue sendo exibido.
Em entrevista ao jornal The Mirror, o primo de Michael Jackson, Keith Jackson, de 55 anos, alegou que o cantor é verdadeira vítima. “Michael amava as crianças, ele amava seus próprios filhos e amava as crianças em geral. É uma pena que ele tenha ido e a família tenha que defendê-lo agora. Michael doou milhões de dólares para tentar ajudar pessoas, salvar vidas de crianças e ajudar pacientes com câncer. Mas ao invés de Hollywood fazer algo positivo, eles, mais uma vez, tiveram que fazer um filme completamente depreciativo e ofensivo. Eu realmente acredito que a verdade se revelará”, disse.
O DOCUMENTÁRIO
Batizado de “Leaving Neverland” (Deixando Neverland), o documentário foi descrito como “perturbador”, “chocante” e “devastador” e vem sendo encarado como prova de que Michael Jackson realmente molestou menores de idade – uma acusação que circula há anos, mas sempre negada e jamais comprovada. Na entrevista, Robson, uma das crianças na época, conta que Jackson começou a tocá-lo de forma inapropriada logo nas primeiras noites que passou em Neverland.
O longa é dirigido pelo britânico Dan Reed e apresenta entrevista com duas vítimas: Wade Robson e James Safechuck, hoje com cerca de 30 anos. Eles alegam que o cantor manteve um relacionamento com eles quando tinham sete e 10 anos, respectivamente.
Cartas, áudios de telefonemas e fotografias são apresentados como evidências do crime. Os relatos são tão explícitos que a maior parte das resenhas sobre o filme evitou transcrevê-los. Antes da sessão, o diretor de Sundance afirmou aos espectadores que uma equipe de enfermeiros estava a postos para oferecer suporte caso alguém passasse mal.
No Brasil, a primeira parte do documentário vai ao ar no dia 16 de março, às 20h; a segunda, no dia seguinte, dia 17 de março, no mesmo horário, no canal HBO e na plataforma de streaming HBO GO.
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