O presidente Jair Bolsonaro anunciou, nesta segunda (8), a demissão de Ricardo Vélez do comando do Ministério da Educação. Quem ficou no seu lugar foi o economista Abraham Weintraub, que, segundo Bolsonaro, “possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta”. Ele, que era secretário-executivo da Casa Civil, atuando como “número 2” da pasta que fica sob o comando de Onyx Lorenzoni, é formado em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo e mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Apesar de ter sido apresentado como “doutor” no tuíte do Bolsonaro, seu currículo oficial na plataforma Lattes não apresenta doutorado. Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desde 2014, Abraham liderava o Centro de Estudos em Seguridade Social (CES). Ele e Arthur Weintraub, seu irmão, são especialistas em Previdência. Abraham trabalhou no Banco Votorantim por 18 anos, onde foi economista-chefe e diretor, e foi sócio na Quest Investimentos, além de membro do comitê de Trading da BM&FBovespa.
Abraham e Arthur estavam no primeiro grupo de pessoas nomeadas para o gabinete de transição do presidente por Lorenzoni. Ambos foram apresentados a Bolsonaro pelo próprio Onyx e foram os primeiros economistas a se juntar ao presidente, antes mesmo até do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os dois, inclusive, chegaram a acompanhar Bolsonaro na viagem que o presidente, à época apenas pré-candidato à Presidência, fez a Seul e Taiwan em março de 2018. Em 2014, ele e Arthur haviam aderido à candidatura da ex-senadora Marina Silva (Rede). “Em 2014, acreditávamos que Marina era a melhor alternativa. Hoje, evidentemente, Jair Bolsonaro representa o Brasil do futuro pelo qual estamos dispostos a lutar”, disseram os irmãos em uma entrevista por e-mail ao jornal O Estado de S. Paulo, em 2018.
Adicionar comentário