Acontece

Bolsonaro cancela viagem aos EUA, onde seria homenageado

O presidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: DIvulgação
Organizações se recusaram a receber evento e patrocinadores também desistiram de homenagens

(com informações da Folhapress)

O presidente Jair Bolsonaro informou o cancelamento da viagem aos Estados Unidos no dia 12 de maio para ser homenageado em Nova York como a “Personalidade do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. A premiação seria no dia 14 de maio, mas o presidente desistiu e afirmou que o  cancelamento da viagem ocorreu após a premiação ter gerado protestos de diversos grupos nos EUA

Em uma nota assinada pelo porta voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, a administração creditou a desistência às pressões “de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente”.

O porta voz também relembrou ataques considerados “deliberados”, do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, a Bolsonaro, em uma rádio dos EUA. Na ocasião, o americano chamou o presidente de “um homem perigoso” por suas posições “racistas, homofóbicas e contra a proteção da Amazônia”.

Desde que, no mês passado, o Museu de História Natural de Nova York se recusou a receber o evento, uma série de manifestações pressionavam os patrocinadores a não vincular seu dinheiro -nem suas marcas- ao jantar de gala que, além do presidente brasileiro, homenagearia o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

O jantar mudou o local para o hotel New York Mariott, que recebeu uma carta do senador estadual democrata Brad Hoylman pedindo para não receber o presidente. A companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times, que patrocinavam a festa, resolveram retirar o apoio ao encontro.