A fotógrafa Sâmia Emerenciano abre a sua segunda exposição individual, batizada de “Azul, pura memória de algum lugar”, no restaurante Cá-Já, nesta quarta-feira (22), às 19h. Ela, querida e talentosa que é, vai reunir as turmas da fotografia e das outras artes. Será, sobretudo, um encontro entre amigos: viajar nos tantos azuis de Sâmia e escapar de alguns fatos no papinho com os conhecidos, entre um drink e outro.
Cada sala do restaurante na Carneiro Vilela vai receber uma série da artista (“Olha pra cima”, “O céu de Sâmia”, “Que ano é hoje?” e “Água”), com muita poesia e respiros em meio ao caos. Os 17 trabalhos, lançados em outros momentos da carreira, tiveram como cenário lugares do Brasil e do mundo: Recife (Pernambuco), São Luís e Lençóis Maranhenses (Maranhão), São Paulo (São Paulo), Salvador (Bahia), Gravatá (Pernambuco) e Paris (França).
Ao passo que representam cada momento da arte de Sâmia, os espaços também dialogam com a canção “Trem das Cores”, de Caetano Veloso, da qual o título da mostra foi extraído. “Anel de turquesa”, “Os dois lados da janela”, “Os átomos todos dançam” e “Celeste celestial” são representados nas fotos.
“Apesar da maioria das imagens ser de 2018, que eu acho que foi um momento muito importante para mim enquanto artista, tem fotos desde 2015, que eu acho que é o marco inicial deste meu mergulho de autoconhecimento pessoal e artístico”, explica Sâmia.
O vernissage rola no maior clima tropical, movido ao lema de Ariano Suassuna que Sâmia também toma para si: “Arte é missão, vocação e festa”, com direito a drink azul e tudo mais, uma delícia do tamanho da beleza das imagens. A receita que será servida no evento leva gim, lillet, sumo de limão, xarope de gengibre, curaçao blue e tônica.
Todas as fotografias estarão à venda e variam de R$ 200,00 a R$ 1.000,00. Cada imagem pode ter, no máximo, 20 impressões, e tamanhos a critério do comprador – partindo do tamanho A4. Todas em final art impressas em papéis PhotoSatin e Rag e emolduradas em madeira freijó natural.
A apresentação da exposição leva a assinatura de Babi Jácome:
“‘Azul: pura memória de algum lugar’ é a segunda exposição individual da fotógrafa. A primeira com um maior número de obras e aberta ao grande público. Por representar um momento de afirmação enquanto artista num País que nega sua produção cultural e cerseia direitos, além de trazer um resumo das muitas vias criativas de Sâmia, um menu degustação das suas principais coleções, é um manifesto que pede pausa, calma, contemplação e um respiro para oxigenar o organismo de beleza e poesia para seguir leve ao atravessar as duras lutas que nos aguardam num futuro tão incerto.
O azul, sendo a mais quente ou mais fria das cores, é água que lava e céu que liberta. O azul de Sâmia é memória e travessia, é lembrança afetiva de uma infância acolhida por uma mãe azul de pureza e cuidado. É mergulho e queda livre, azul que se veste de amarelo para nascer o dia e de laranja para vê-lo se pôr, é azul que se reinventa, se transforma, transgride. Todos os dias. É o azul de quem bota música em tudo e se deixa atravessar pela poesia do viver”.
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