À mesa

Da moranga à farofa: conheça a versatilidade do jerimum

Jerimum - Foto: Dante Barros
No Recife, tem restaurante que chega a preparar uma tonelada por mês; conheça pratos especiais com a iguaria

Um dos alimentos mais versáteis da culinária é a abóbora ou jerimum – assim chamado no Nordeste, onde é bastante apreciado. Cozido, refogado e até frito, o jerimum pode ser usado em sopas, crepes, saladas, tortas, sopas, massas e em uma infinidade de pratos. Com sabor marcante, o jerimumé muito mais que símbolo de decoração do Dia das Bruxas, é um alimento rico em vitamina C, fibras, ferro, cálcio e outros nutrientes que trazem benefícios para a saúde. Ele também é importante aliado na medicina alternativa. Muita gente não sabe, mas a semente, casca e polpa do jerimumsão usadas para tratar doenças e cuidar do corpo.

 Desde quando os portugueses chegaram ao Brasil, tem-se registro que o jerimum é consumido entre as tribos que habitavam o litoral nordestino, segundo a coordenadora do curso de Gastronomia da Unibra Priscila Maia. “A paixão pelo alimento é de muito tempo atrás. Hoje, cultivamos espécies nativas e não nativas, que vieram com os imigrantes. O jerimum é parte da história da gastronomia nordestina”, afirma a especialista. Na farofa, acompanhada de camarões, carnes ou em cremes, na culinária nordestina não faltam pratos que levam a iguaria. O jerimum pode estar nas entradinhas, prato principal e até em sobremesas, sempre dando um toque especial na receita. Confira um roteiro de restaurantes que servem pratos caprichados com o jerimum no Recife.

Oficina do Sabor

No endereço mais famoso de Olinda, o Oficina do Sabor chega a preparar uma tonelada de jerimum por mês, na alta temporada. No cardápio, o chef César Santos tem 17 jerimuns recheados, que já entraram na seção de especialidades da casa. Um dos mais famosos é o FrevoÉ (R$ 188), que reúne camarões e lagosta ao molho de maracujá e arroz de coco. O Jerimum Pitanga também se destaca por trazer camarões ao molho de pitanga e servido com arroz de espinafre. Sopas, farofa e gratinados também são feitos com o fruto, compondo vários pratos da casa.

Ponte Nova

O restaurante Ponte Nova, do chef Joca Pontes também aposta na iguaria. No menu, Guioza de Cá (R$ 22), que consiste em pastel de vegetais ao vapor com cogumelos ao molho de gengibre sobre quibebe de jerimum, amendoim e gergelim torrados com folhinhas de agrião e manjericão. Outra opção é o Magret Mundi (R$ 69). Prato composto de magret de pato grelhado ao molho de tamarindo com laranja, amendoim torrado, pastel de vegetais ao vapor com cogumelos sobre quibebe de jerimum.

Beijupirá Reserva do Paiva

O Beijupirá, do Empório da Reserva do Paiva, além da sua localização paradisíaca, oferece em seu menu o seu famoso Maracatu de Charque. O prato é composto por charque desfiada, frita na manteiga com cebola, feijão verde com queijo de coalho, farofa de jerimum e arroz branco R$ 58. O Beijupirá é ideal para os amantes da gastronomia regional e ainda conta com drinks especiais e decoração criativa produzida com artesanatos locais.

Bercy

O Bercy, restaurante especializado em crepes e saladas, também oferece pratos com o jerimum. O crepe Maria Bonita (R$ 29,90) traz em sua composição camarão ao pesto de ervas, queijo coalho e creme de jerimum com gengibre finalizado com casquinha crocante de parmesão e azeite de laranja.

Chalé.92

No restaurante Chalé.92, localizado no coração do bairro das Graças, o fruto nordestino é usado de maneiras inusitadas. O Ravioli de massa fresca com abóbora, charque e queijo coalho é servido ao molho de queijo e pesto de coentro, misturando o clássico italiano com um toque nordestino. Outra receita que leva a iguaria é a picanha fatiada com alhos laminados na manteiga guarnecida de farofa de abóbora com ovos.

Le Chef

No Le Chef, no Pina, a casa que carrega na sua identidade referências das clássicas cozinhas francesa e italiana, sugere no seu menu o Zucca e Quinoa (R$ 40). O prato traz o “primo gringo” do jerimum: abóbora japonesa assada com ervas e acompanhada de quinoa, aspargos e tomates confitados.

Castelus
O restaurante Castelus, na área externa do Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, traz o fruto em várias versões. No Camarão Castelus (R$ 73), o crustáceo vem puxado com farofa crocante de alho, castanha do Pará e risoto de Jerimum. Outra opção é a Carne de Sol preparada na casa com cortes Angus (R$ 54). A iguaria nordestina é servida com arroz cremoso, mousseline de jerimum, caldo de feijão preto e crispy de couve.

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