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Aos 101 anos, bilionário mais velho do mundo não quer se aposentar

Chang Yun Chung - Foto: Divulgação
Todos os dias ele dá expediente em seu escritório, que fica em Singapura

Chang Yun Chung, o bilionário mais velho do mundo, completou recentemente 101 anos de idade. Em entrevista, ele afirmou que não quer parar de trabalhar nem tão cedo. Aliás, todos os dias, ele dá expediente em seu escritório, que fica em Singapura. É de lá que ele comanda o seu império naval, composto por uma frota de mais de 150 navios cargueiros.

Apesar de ter passado parte do comando das empresas para os filhos (14 no total), Chung faz questão marcar presença no dia a dia dos seus negócios. Inclusive, no momento, ele coordena projetos de construção de terminais de contêineres na Nigéria, no Sudão e na Tanzânia. Pelo visto, se aposentar não está na lista dos afazeres dele, né?! “É meu hábito”, disse Chang em entrevista à CNBC. “Eu não posso ficar em casa. Eu ficaria muito, muito entediado”.

Lições para Teo Siong Seng

Até o início de 2018, Chang ainda respondia pelo cargo de presidente-executivo da companhia de navegação criada em Cingapura, em 1967. Agora, a responsabilidade é do seu filho, Teo Siong Seng. Aliás, o filho diz que consulta o pai duas vezes por dia – uma pela manhã e outra depois do almoço -, para aprender mais sobre liderança. Teo afirma que as conversas o ajudam a entender melhor o estilo da empresa e como tratar com os funcionários.

Chang Yun Chung ao lado do filho, Teo Siong Seng – Foto: Divulgação

“Quando eu era mais jovem, eu era mais mal-humorado, então eu era um líder mais duro”, diz Teo. “Mas meu pai me ensinou uma coisa, em chinês, é ‘yi de fu ren’ – significa que você quer que as pessoas lhe obedeçam, não por sua autoridade, não por seu poder, ou porque você é feroz, mas por causa da sua integridade, sua qualidade, que as pessoas realmente o respeitem e escutem você”.

As lições do pai se mostraram valiosas, especialmente em um episódio em 2009, quando uma das embarcações da PIL foi sequestrada por piratas na costa leste da África. À época, Téo era o diretor-administrativo da empresa e foi o responsável pelas negociações. Ao fim de 75 dias, a tripulação e a embarcação foram liberados, por um valor nunca divulgado.

Para Chang a filosofia que o fez, e ainda faz, feliz em seu papel dentro da empresa é uma só. “Eu nunca perco a paciência”, disse ele. “Eu não posso. Quando você perde a paciência, simplesmente não consegue se controlar.”