Acontece

Grenn Greenwald e Augusto Nunes trocam tapas em entrevista

Glenn Greenwald e Augusto Nunes - Foto: Reprodução
Os dois estavam na Jovem Pan na manhã desta quinta (7)

Os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald, criador do site The Intercept, trocaram tapas durante uma entrevista no programa Pânico, na manhã desta quinta (7), na Rádio Jovem Pan. O momento, aliás, foi transmitido ao vivo no canal do YouTube do veículo. A discussão começou quando os dois foram apresentados e Glenn disse que não foi avisado que debateria com Augusto.

Posteriormente, o jornalista norte-americano questionou Augusto sobre 1 comentário feito por ele no programa Os Pingos nos Is sobre a criação dos seus filhos com o companheiro David Miranda, deputado federal no PSOL.

“O que ele disse nesse canal Jovem Pan foi a coisa mais feia e mais suja que eu vi na minha carreira como jornalista”, reclamou Glenn. “Ele disse que 1 juiz de menores deveria investigar nossos filhos e decidir se vamos perder nossos filhos, se eles deveriam voltar para o abrigo, com base nenhuma, acusando que estamos abandonando e fazendo negligência com nossos filhos”, continuou.

Augusto, por sua vez, disse que o comentário tinha sido irônico. “Eu convido ele a provar em que momento eu pedi que algum juizado fizesse isso. Eu disse apenas que o companheiro dele passa o tempo todo em Brasília e ele passa o tempo todo lidando com material roubado. Eu falei: Quem vai cuidar dos filhos? Era isso”.

Glenn, então, chamou Augusto de “covarde”, que revidou com um tapa na cara dele. Logo em seguida, o programa saiu do ar. Cerca de 20 minutos depois, retornou com uma entrevista com o norte-americano, que comentou sobre o caso. Emílio Surita, apresentador do Pânico, pediu desculpas a Glenn em nome da emissora. O jornalista, então, disse que aceitava as desculpas. “Eu culpo a pessoa que fez isso, mas acho que é responsabilidade da Jovem Pan, que já pediu desculpas e eu aceito”.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Nunes disse que não se arrepende do que fez e que reagiu “como qualquer homem reagiria”. “Eu fui insultado moralmente. Aí adverti para que ele não usasse a palavra ‘covarde’, que é insultuosa, que é grave. Adverti cinco vezes, ele insistiu. Eu tinha duas opções: ou reagir com altivez ou engolir o insulto. Não tive alternativa”, afirmou.

Tags