Cacau Protásio sofre ofensas preconceituosas de bombeiros do Rio

 

Cacau Protásio e quatro bailarinos sofreram graves ofensas preconceiuosas de bombeiros do Rio de Janeiro. O caso aconteceu em decorrência da gravação do filme Juntos e Enrolados. No domingo (24), a atriz e seu grupo de dançarinos foram gravar algumas cenas no Quartel-Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio. Cacau aparece com farda e dançando ao lado da equipe. No filme, aliás, o momento é um sonho de um dos comandantes. Mas, as gravações não agradaram aos integrantes da corporação. Alguns bombeiros enviaram áudios em grupos de WhatsApp criticando a liberação e atacando a atriz e os bailarinos.

Um sargento que estava nos bastidores gravou um vídeo da performance dos artistas, dizendo as seguintes ofensas: “Olha a vergonha no pátio do quartel central. Essa mulher do Vai que Cola, aquela gorda, colocou a farda e botou os dançarinos viados com roupa de bombeiro. Isso é um esculacho, rapaz. Qual é a desse comandante? Vai deixar uma p****** dessas no pátio do quartel?”. Em seguida, outros membros da corporação prosseguiram com os ataques. ”Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viado, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viado. Lamentável.”, dizia outro áudio vazado.

 

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Por meio de seu Instagram, Cacau Protásio repudiou as ofensas que ela e sua equipe sofreram. Muito abalada, a atriz afirmou não entender todo o ódio dessas pessoas. “Sou negra, sou gorda, sou brasileira, sou atriz, eu conto histórias, conto ficção. Não mereço ser agredida, assim como nenhuma pessoa. Eu respeito a opinião de alguns bombeiros que dizem que ‘ah, eu não acho certo’, mas vai ver realmente a história antes de agredir. Eu printei tudo o que foi colocado na minha página. Tem uma menina no Facebook também superfalando mal. Postou uma foto minha de farda e os coleguinhas dela me detonando. Tudo isso eu printei, porque é crime. Você ser preconceituoso é crime. Racismo é crime. Você pode não gostar, mas tem que respeitar. E por que esse ódio? Juro que não entendo”, afirmou.

Cacau ainda continuou explicando do que se tratava a cena gravada. “A cena é uma alucinação de um personagem, um sonho, quando ele volta eu tô ali, trabalhando. O bombeiro é uma corporação que eu respeito, que amo, que queria ser quando criança. Nas minhas primeiras entrevistas, sempre falei isso”.