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PF pede prisão de Lulinha, mas juíza nega

Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula - Foto: Greg Salibian/Folhapress
A magistrada concordou com o Ministério Público Federal, que optou por não acatar o pedido de prisão temporária

A Polícia Federal (PF) pediu a prisão temporária de Fabio Luis da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, nesta terça-feira (10). O requerimento foi apresentado à juíza Gabriela Hardt, para a deflagração da 69ª fase da Operação Lava-Jato. O pedido, no entanto, foi negado pela magistrada. Ela concordou com os procuradores do Ministério Público Federal e se posicionou contra a prisão.

O ex-presidente Lula e seu primogênito, Fabio Luis, o Lulinha – Foto: Reprodução
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A investigação apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios, que somaram R$ 132 milhões.  Segundo as apurações, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pivô de uma das duas condenações já impostas à Lula na Lava-Jato. Além de Lulinha, a PF queria a prisão de dois sócios do filho do ex-presidente: Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna.

Suassuna – Foto: Gerard Julien/AFP

Na representação feita à juíza, além dos mandados de busca e apreensão, o delegado Dante Pegoraro Lemos afirmou que era necesário impedir “nova açao imediata de envolvido”. Ele, aliás, destacou que os investigados já teriam oportunidade de arquitetar, comandar ou participar de “possível ação de ocultação ou destruição de provas quando da deflagração da 24ª fase da Lava-Jato, em março de 2016”.

Os argumentos da PF, no entanto, não convenceram o Ministério Público Federal nem a juíza Gabriela Hardt. A magistrada afirmou que não há necessidade de decretação de prisão temporária, uma vez que alguns deles já foram alvos de buscas e apreensão há mais de 3 anos. Logo, os investigados já possuem ciência de que estão sob investigação.