O prefeito Geraldo Júlio anunciou na tarde desta terça-feira (14) os nomes dos grandes homenageados do Carnaval do Recife 2020. O Maestro Edson Rodrigues e o Bloco das Flores, figuras importantes na folia da cidade, serão as estrelas da festa neste ano.
Eles, é claro, receberam com alegria, e também emoção, a boa notícia. Foi o próprio prefeito, inclusive, quem contou pessoalmente ao maestro e à direção do bloco sobre a homenagem. Logo após, Geraldo Júlio divulgou a novidade ao público de forma bem moderna, durante uma live em seu perfil no Instagram.
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Tanto Rodrigues, quanto integrantes do Bloco da Flores, inclusive, acompanharam o anúncio feito no gabinete do prefeito. Também estavam presentes, aliás, a secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, o presidente da Fundação de Cultura, Diego Rocha, e a secretária de Turismo e Lazer, Ana Paula Vilaça.
Os homenageados
Maestro Edson Rodrigues
Maestro, arranjador, saxofonista e compositor, Edson Rodrigues escreveu parte importante da história recente do frevo. Ele, aliás, pertence à chamada segunda geração do gênero genuinamente pernambucano, a quem coube a gloriosa missão de continuar o que compositores como Capiba e Nelson Ferreira fizeram pela cultura do estado.
Devotado à música desde muito moço, estreou no Carnaval com a Orquestra Itapoã, nos idos de 1957. Além do frevo, muitos outros ritmos embalaram a sua carreira. Rodrigues, inclusive, foi pioneiro na introdução do jazz no Recife, além de ter fundado a Banda Municipal do Recife, da qual foi regente entre 1979 e 1983.
Mas não aprendeu tudo que sabe nos palcos. Estudou muito e ensinou ainda mais. Graduou-se em jornalismo, geografia e música na universidade. Depois se tornou professor do Conservatório Pernambucano de Música por muitos anos e nunca mais parou de compartilhar saberes e prazeres musicais.
Bloco das Flores
Primeiro Bloco Carnavalesco Misto criado no Recife, o Bloco das Flores surgiu em 1920, a partir da reunião de um grupo de intelectuais, amigos e foliões, entre eles jornalistas, artistas e compositores de carnavais saudosos, como Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon e Raul Morais, nomes imortalizados no coro das ruas suadas e coloridas da festa pernambucana.
O bloco, aliás, chegou a encerrar suas atividades por alguns anos, em virtude do falecimento do seu benfeitor Pedro Salgado e também de Raul Moraes, compositor e regente da orquestra. No ano de 2000, outros amantes da brincadeira de rua, também intelectuais e artistas, resolveram fundar um bloco lírico e batizá-lo com o mesmo nome, em honra e graça ao bloco e à festa de outrora.
Desde então, o Bloco das Flores se apresenta anualmente, arrastando multidões atrás da orquestra de pau e corda e da história que seu estandarte carrega, evoca e perpetua pelas ruas da folia.
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