.png)
Por Bruno Albertim
Com a pandemia, as vendas de chocolate na Páscoa deste ano, segundo estimativas do setor, devem ser de até 10% menores que no ano passado. As grandes indústrias já oferecem entrega e descontos para venda online. Mas a procura está grande entre os produtores de escala artesanal de ovos de chocolate, queijos especiais e guloseimas de alto padrão na cidade. Alguns deles:
Leia Mais
Cais Rooftop é mais que um lindo cenário no Recife
Há, claro, outros ateliês de respeito na cidade. Mas, ensinando ou produzindo, Anna Corina é a grande papisa do Recife quando o assunto é chocolate. Sou mesmo impressionado com a delicadeza, o acabamento e a intensidade de sabor de seus produtos, feitos numa escala de pequena indústria artesanal.
A coleção de Páscoa deste ano tem preciosidades. Anna trabalha com chocolate (nada dos hidrogenados medonhos) de pelo menos 50% de concentração de cacau, um blend das empresas belgas Calebou e Cicao – o que é, inclusive, fundamental, para compensar o dulçor dos recheios. Entre eles, chantilly, biscoitos e macarrons, tudo feito à mão. Há tortas também primorosas no portfólio. Lindos, os ovos de colher, por exemplo, custam R$ 48,90 (380g) e o trufado bem-casado, R$ 49,90 (450g).
Outro endereço que merece atenção na geografia dos bons ovos artesanais do Recife é a Padaria Parla Deli, com lojas na Zona Norte (Aflitos e Casa Amarela). Cada ovo pesa 500g (R$ 37,90) e tem na base chocolate meio amargo da belga Puratos . Nos recheios, os sabores são: bem-casado, Brownie, Oreo, bolo de rolo, brigadeiro e paçoca. Pode-se
retirar os produtos nas lojas ou pedir pelo site (www.parladeli.com.br).
Leia Mais
Orenji: frescor e a elegância tradicional da cozinha nipônica
Artigo que também pode fazer bonito na mesa de Páscoa é a banoff, torta de origem inglesa que é a mais nova mania doce do Recife, algo que promete ter a força de adesão que o petit gateau (alguém se lembra?) teve quando apareceu. Seu nome vem da junção de duas palavras: banana e toffee, os dois principais insumos da receita (esse toffe normalmente é um doce de leite caseiro). Versátil, o chef Rapha Vasconcelos vem fazendo sucesso com sua Noff Noff, um ateliê dedicado ao tema em Boa Viagem.
Ele recebe encomendas como a da receita clássica, com massa de biscoito, doce de leite cremoso artesanal, banana e chantilly. Ou inovações como a de uva, de um sabor quase embriagante: recheio de brigadeiro branco cremoso e caseiro, chantilly (levíssimo), raspas de chocolate ou uva branca. A guloseima pode ser vendida inteira (RS 140) ou em pedaços (R$ 14,90).
E não pode haver mesa de Páscoa sem queijos para os aperitivos ou, como fazem franceses e nós pernambucanos, que os misturamos com doces, a sobremesa (experimentem queijo maturado com chocolate, é incrível).
Pra nossa alegria, umas das maiores profissionais queijeiras do país está em Pernambuco. Vitória Barros consegue elaborar, com leite do Agreste pernambucano, muita pesquisa e culturas microbiológicas lácteas importadas, versões locais de alguns dos queijos mais clássicos da larga tradição européia para sua marca Campos da Serra. Alguns têm maturação de até mais de um ano, o que confere aroma, sabor e texturas únicos com a cristalização da massa alcançada com o tempo.
Queijos que são pequenas joias comestíveis, como o Cabra da Serra, uma versão agrestina do cablanca, de leite de cabra e maturação de três anos (R$ 45,45 / 200g). Ou o Fontina, com dois anos (R$ 33,93 / 200g). Como algumas receitas de bacalhau pedem gorduras lácteas, a Campos da Serra aumentou também a produção de nata e creme de leite fresco. Campos da Serra – Recife: (81) 9975 -70224. E Gravatá: (81) 994656725.
Serviço:
Anna Corina: (81) 99414-4024.
Parla Deli: 3268-5849 e 3034-0422. Ou pelo www.parladelicom.br.
Noff Noff: encomenda pelo whats 81 98190-9373. Retirada na loja da Rua dos Navegantes, 691, Boa Viagem.
Campos da Serra – Recife: (81) 9975 -70224 / Gravatá: (81) 994656725.
Adicionar comentário