Novo Ministro da Saúde, Nelson Luiz Sperle Teich nasceu no Rio de Janeiro e se formou pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) em 1980. Médico e empresário, se especializou em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca), área na qual se destacou. Atualmente, ele é sócio da Teich Health Care, empresa de consultoria de serviços médicos.
Em 1990, Nelson fundou o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), que realiza pesquisas sobre câncer. Ele foi presidente do instituto até 2018 (em 2015, a empresa foi comprada pela UHG/Amil). Além disso, foi sócio no MDI Instituto de Educação e Pesquisa, fechado em 2019. A empresa era responsável por pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais, humanas, físicas e naturais e treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial.
Além disso, Teich participou de perto da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Ele atuou como consultor informal na área de saúde em 2018. Aliás, diante disso, seu nome foi cotado para assumir o Ministério da Saúde, mas foi desbancado por Luiz Henrique Mandetta. Ainda assim, participou do governo, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, como assessor de Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
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Sobre o coronavírus, principal problema que o novo ministro enfrentará, Nelson compartilhou sua visão na rede profissional LinkedIn. Ele publicou alguns artigos, entre eles, um intitulado “COVID-19: Histeria ou Sabedoria?”, onde comenta sobre a polarização que tomou conta do Brasil no momento.
“A discussão sobre as estratégias e ações que foram definidas por governos, incluindo o brasileiro, para controlar a pandemia de covid-19 mostra uma polarização cada vez maior, colocando frente a frente diferentes visões dos possíveis benefícios e riscos que o isolamento, o confinamento e o fechamento de empresas e negócios podem gerar para a sociedade. É como se existisse um grupo focando nas pessoas e na saúde e outro no mercado, nas empresas e no dinheiro, mas essa abordagem dividida, antagônica e talvez radical não é aquela que mais vai ajudar a sociedade a passar por esse problema”, afirmou Nelson.
Apesar de muito apoiado por políticos bolsonaristas, Teich também publicou um artigo defendendo o isolamento horizontal. Essa, aliás, é a mesma visão de Mandetta, especialistas em saúde e grandes líderes mundiais. Ainda assim, é um ponto de vista oposto ao do Presidente Bolsonaro e principal causa do desgaste na relação do Chefe do Executivo com seu antigo ministro da saúde. Além disso, Nelson Teich também defende a testagem em massa para ter uma real perspectiva do andar da pandemia do coronavírus no Brasil.
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