Durante a pandemia do coronavírus, governos de todos os Estados do Brasil tem investido na construção de hospitais de campanha. Mas, segundo apuração do G1, a aquisição das estruturas no Rio de Janeiro tem indícios de fraude. Propostas de preço e serviços incluídas no processo de construção de sete hospitais de campanha do Governo do Rio de Janeiro colocam sob suspeita a lisura da principal ação contra a pandemia da Secretaria de Estado da Saúde.
As empresas interessadas na construção das unidades fizeram orçamentos para a instalação de tendas, geradores e criação de leitos. Porém, há propostas idênticas feitas por duas empresas diferentes, o que levanta a suspeita de que houve fraude na seleção. A Épico Eventos fica em Minas Gerais e a Corporate Events, no Rio. Toda a documentação enviada pelas empresas está idêntica, até mesmo a pontuação e o tipo de materiais. Entretanto, o valor dos contratos é diferente. A Épico Eventos oferece R$ 24 milhões e a “concorrente”, R$ 25,5 milhões.
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A empresa do Rio de Janeiro não foi encontrada. Todos os endereços e telefones fornecidos não resultaram em resposta. Por outro lado, a empresa mineira retornou os contatos da imprensa. Segundo Flávia Gontijo Gomes, dona da Épico Eventos, afirmou que nunca enviou qualquer documento ao governo do Rio de Janeiro. Ela, aliás, disse que o formato de papel timbrado antigo da empresa foi usado no processo dos hospitais de campanha do RJ.
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