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Bolsonaro nega que manifestação pedia intervenção militar

Jair Bolsonaro - Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil
Presidente discursou em ato em Brasília contrariando as recomendações da OMS de combate ao Covidd-19

Após discursar em manifestação em Brasília que, entre diversas pautas, pedia intervenção militar e a volta do AI-5, Bolsonaro defendeu o Supremo e o Congresso. Na manhã desta segunda-feira (20), o presidente afirmou que o ato defendia apenas a volta ao trabalho e celebrava o Exército Brasileiro. “O povo na rua, dia do Exército, volta ao trabalho. É isso”, disse. Na saída do Palácio da Alvorada, um apoiador do presidente defendeu o fechamento do congresso, mas Bolsonaro advertiu o apoiador.

Bolsonaro – Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

“Sem essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia, aqui é respeito à Constituição brasileira. E aqui é minha casa, é a tua casa. Então, peço por favor que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente”, afirmou Bolsonaro.

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Ele, aliás, afirmou que aqueles que defendiam a intervenção militar durante as manifestações eram infiltrados. “Em todo e qualquer movimento tem infiltrado, tem gente que tem a sua liberdade de expressão. Respeite a liberdade de expressão. Pegue o meu discurso, dá dois minutos, não falei nada contra qualquer outro poder, muito pelo contrário. Queremos voltar ao trabalho, o povo quer isso. Estavam lá saudando o Exército Brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso, é invencionice, é tentativa de incendiar uma nação que ainda está dentro da normalidade”, disse o presidente.

O presidente, aliás, afirmou que nunca pediu o fechamento de nenhum dos Poderes – Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Além disso, tanto o presidente como os manifestantes contrariaram as recomendações da OMS para evitar aglomerações durante a pandemia do coronavírus. Boa parte dos manifestantes, assim como Bolsonaro, que discursou entre eles, não usavam máscaras nem luvas. Além das pautas opressoras (intervenção militar e a volta do AI-5), uma das grandes preocupações dos demais políticos e personalidades que se posicionaram contrários ao protesto, era a propagação do coronavírus entre os manifestantes. Diversas pessoas se reuniram em cidades ao redor do Brasil, como Brasília, São Paulo, Niterói e, até mesmo, Recife.