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Como poderão ser os shows pós-pandemia

Shows ao vivo em drive-ins são tendência nos Estados Unidos e em países da Europa - Foto: Getty Images
Em alguns locais, os drive-ins estão despontando como tendência

Com a pandemia do coronavírus, as lives online tornaram-se um meio lucrativo para os artistas e uma boa diversão para o público. Mas agora, quando já se fala em uma flexibilização do isolamento social, muitos já pensam em como retomar os shows ao vivo. Ainda assim, é preciso uma boa logística e planejamento para que tudo volte a acontecer com segurança para os artistas e o público.

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Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, os drive-ins estão despontando como tendência. Recentemente, o cantor country Keith Urban fez um show em um estacionamento de Nashville em que havia cerca de 125 carros. O evento foi parte da Citi Concert Series, da promotora Live Nation. Aliás, a empresa, que viu uma queda de 25% na sua receita de shows no primeiro trimestre de 2020, anunciou também uma série de apresentações com diversos artistas chamada “Drive-In Live”, que vai passar por quatro cidades dinamarquesas durante o verão europeu. Até o estacionamento do aeroporto de Copenhagen vai ser transformado em um espaço para shows.

Em junho, o time de baseball Texas Rangers vai realizar uma série de shows de quatro artistas no estacionamento do estádio em Dallas. Os ingressos custavam US$ 40 (cerca de R$ 216) por carro ou US$ 80 (cerca de R$ 432) por uma área VIP em vagas em frente ao palco, e se esgotaram rapidamente. Além disso, o cantor gospel André Valadão realizou um show no estacionamento de uma igreja nos Estados Unidos. “A gente pegou uma antena de rádio, de frequência FM de curta distância, no estacionamento da igreja. Então, todo mundo dentro do carro, ouvindo em tempo real o áudio da mesa de som. Tivemos um tempo maravilhoso, foi incrível, mais de 1.000 pessoas ali”, contou no Encontro com Fátima Bernardes.

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O cantor Travis McCready deu uma prévia de como podem ser as apresentações daqui para frente. Tocando no Temple Live, no Arkansas, o líder da banda country Bishop Gunn fez uma apresentação solo para uma plateia reduzida. Eram 229 pessoas no local com capacidade para 1.000 e seguindo a recomendação de distanciamento social entre as pessoas. Os espectadores foram separados em grupos com 1 metro e meio de distância. Todos, aliás, tiveram suas temperaturas medidas na entrada do evento e foram obrigados a usar máscaras durante o show.

Show Travis McCready – Foto: Divulgação/TempleLive

Enquanto isso, na Europa, a boate alemã Index criou o evento Autodisco, que é basicamente uma rave no carro. Com o limite de duas pessoas por veículo e a música transmitida pelo rádio, o estacionamento da casa, com cerca de 250 vagas, virou uma festa comandada pelo DJ Devin Wild.

Já no Brasil, nas próximas semanas, carros devem entrar no gramado do Allianz Parque, em São Paulo. O estádio do Palmeiras aguarda a liberação das autoridades sanitárias para definir o começo da “Arena Sessions”, com a exibição de filmes e shows nos telões. Além disso, segundo o Lance, haverá até aplicativo para o espectador avisar que precisa ir ao banheiro.