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Obama apoia manifestações, mas condena violência

Barack Obama — Foto: Bill Pugliano/Getty Images
O ex-presidente dos Estados Unidos alertou os manifestantes sobre a importância do voto para mudanças permanentes

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a falar sobre a onda de protestos que vem tomando os Estados Unidos desde a divulgação do vídeo do assassinato de George Floyd, há 1 semana, por um policial em Minneapolis. O democrata já havia publicado um comunicado sobre o assunto, mas nesta segunda (1) tratou mais especificamente das ações dos manifestantes e de como elas podem – ou não – causar uma mudança permanente no país.

Para Obama, os levantes representam “uma frustração legítima e genuína” de anos com o sistema policial dos Estados Unidos. Segundo o democrata, “a maioria esmagadora dos participantes tem sido pacífica, corajosa, responsável e inspiradora” e, por isso, “merecem respeito e apoio, não condenação”.

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Viatura policial em chamas após protesto em Atlanta, no dia 29 de maio — Foto: Alyssa Pointer/Atlanta Journal-Constitution/AP

Entretanto, o ex-presidente apontou para ações violentas de “uma pequena minoria que, por raiva genuína ou oportunismo, está colocando pessoas inocentes em risco, agravando a destruição de bairros que frequentemente já contam com poucos serviços e investimentos”. Na quinta (28), manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram carros e imóveis e fizeram saques em Minneapolis. “Não vamos justificar a violência, racionalizá-la, ou participar dela”, convocou Obama.

O movimento de protesto contra o racismo na polícia americana é intitulado “Black Lives Matter”, que significa “Vidas Negras Importam” — Foto: José Luís Magana/AFP

O democratata chamou a atenção, ainda, para o fato de muitos desacreditarem de uma mudança real na política americana. “A escolha não é entre protesto e política. Temos que fazer as duas coisas. Temos que nos mobilizar para aumentar a conscientização, e precisamos votar para garantir que elegamos candidatos que atuarão em reforma”, destacou Obama. “Se nós queremos um sistema criminal justo e que a sociedade americana como um todo funcione sob um código de ética mais elevado, nós mesmos devemos ser os modelos para esse código”, pontuou.