O presidente Donald Trump definitivamente não esperava enfrentar uma pandemia em pleno ano eleitoral nos Estados Unidos. O novo coronavírus, que foi capaz de parar um país e matar milhares de pessoas em poucos meses, embaralhou o debate de temas das eleições presidenciais norte-americanas em 2020, marcadas para novembro.
Na primeira semana de fevereiro, Trump vivia um dos melhores momentos desde que assumiu a Casa Branca, em 2017. A absolvição do processo de impeachment, os bons números de emprego e a falta de coesão entre os opositores no Partido Democrata pavimentavam o caminho à reeleição do republicano.
O fluxo da política, porém, tomou outro rumo com a escalada dos casos de Covid-19 nos EUA, sobretudo depois de março, quando Nova York começou a fechar estabelecimentos e impor ordens de ficar em casa graças ao rápido aumento nos contágios e nas vítimas. Os empregos, antes uma carta na manga de Trump, despencaram em uma velocidade jamais vista por causa da epidemia.
E, enquanto o vírus começava a assustar os EUA, o antes fragmentado Partido Democrata cerrou fileiras em apoio ao ex-vice-presidente Joe Biden — justamente o nome que Trump queria investigar segundo o inquérito de impeachment que fracassou no Congresso.
Antes favorito, Trump agora vê uma corrida mais acirrada. Ainda faltam quatro meses até as eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para 3 de novembro, e as peças da corrida eleitoral podem se mover mais uma vez. Afinal, no início deste mesmo 2020, o impacto da Covid-19 nos EUA ainda não parecia tomar as proporções de hoje.
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