Uma paralisação nacional mobilizou entregadores de aplicativos nesta quarta-feira (1). Em Pernambuco, o protesto teve início às 8h, em frente ao Centro de Convenções, em Olinda. Mas a categoria seguiu pelas ruas da RMR, chegando à avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Aliás, os entregadores pedem por direitos básicos, como melhor remuneração e mais segurança, principalmente neste período de pandemia, quando a categoria está sendo tão exigida devido a alta demanda de delivery.
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Durante a pandemia, muitos adotaram aplicativos de delivery para receber suas compras no conforto de casa e com toda segurança. Rappi, iFood, Uber Eats, Zé Delivery, entre outros, ganharam ainda mais força nos últimos meses. Ainda assim, os entregadores, responsáveis pelo transporte de nossas compras, são os menos valorizados neste ciclo de compras. Diferente do que muitos pensam, a pessoa que diariamente se expõe aos mais diversos riscos para garantir o nosso isolamento, acaba recebendo, muitas vezes, “R$ 2,50, R$ 3,50 por taxa de entrega”, de acordo com Rodrigo Lopes, presidente da Amap-PE (Associação dos Motofretistas de Pernambuco).
Além disso, diante do cenário de isolamento, os motofretistas afirmam que o valor das entregas caiu. Com isso, além de precisar trabalhar mais de 10 horas por dia para conseguir alcançar um salário mínimo, os entregadores também ficaram desassistidos com relação ao uso de equipamentos de proteção e higiene individual. Essa, aliás, foi “a gota d’água” para dar início a uma série de demandas da categoria. Nesta quarta-feira (1), organizações de entregadores por aplicativo em todo o Brasil se uniram para paralisar e protestar. O #brequedosapps pede por aumento no valor das corridas e pacotes, aumento do valor mínimo por entrega e fim dos bloqueios e desligamentos arbitrários. Além disso, também lutam pelo fim do sistema de pontuação e implantação de seguro de roubo, acidente e vida e auxílio durante a pandemia no caso de contágio pela Covid-19.
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