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Instituto Butantan começa testes de vacina chinesa contra Covid-19

Brasil iniciará testes da possível vacina - Foto: David Greedy/AFP
Ao todo, nove mil voluntários de quatro estados e do Distrito Federal participam do estudo

O Brasil se prepara para iniciar outra fase de testes de uma possível vacina contra a Covid-19. Nesta segunda-feira (6), o governo de São Paulo anunciou que o imunizante será testado, em cooperação com Instituto Butantan, a partir do dia 20 de julho. Aliás, o recrutamento de voluntários começa já na próxima segunda-feira (13). Ainda assim, apenas profissionais de saúde poderão participar do estudo.

Instituto Butantan, em São Paulo – Foto: Divulgação
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Ao todo, nove mil voluntários participarão dos testes em quatro estados – São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná – e no Distrito Federal. Além de serem profissionais da saúde, outros pré-requisitos são exigidos. É necessário, por exemplo, que os voluntários não tenham se contaminado pela Covid-19 anteriormente, que as mulheres não estejam grávidas ou planejem engravidar nos próximos três meses, e que os voluntários morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto.

A vacina é uma pesquisa de estudiosos chineses – Foto: Ted S. Warren/AP Photo

“No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas 3 estão na fase chamada fase 3 (testes em humanos). Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das 3 vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. Aliás, a capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição.

Este é o segundo teste de vacina contra a Covid-19 liberado pela Anvisa no país. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.