Os colunistas pernambucanos João Alberto e Fernando Machado, que são nomes consolidados no jornalismo do Estado, falaram um pouco sobre Do Carmo Monteiro, que faleceu na manhã desta quinta (9).
João Alberto
Dona Do Carmo Monteiro foi uma das maiores figuras da sociedade pernambucana, que se destacou em todo o meu longo período como colunista social. Era uma figura fina, extremamente educada e muito querida. Foi uma companheira apaixonada e importantíssima na carreira do marido, Armando Monteiro Filho, sempre discreta, mas atuando em várias entidades filantrópicas. Tive o privilégio de conviver muito com ela, inclusive em jantares na sua casa de Boa Viagem. Gostava muito conversar com ela, de quem sempre ouvia histórias interessantes.
Como o período em que o marido foi ministro e que se deslocava num Fusca particular. Era filha de Agamenon Magalhães, um dos maiores governadores da história de Pernambuco e mãe de três amigos queridos, Armando, Eduardo e Maria Lecticia. Ela tinha, digamos, uma marca registrada, uma mecha branca nos cabelos, que usou por mais de 40 dias e que, como me disse uma vez, brincado, que não tirava nem por decreto do presidente. Só se o marido pedisse, mas ele gostava da bossa que ele inventou. Na verdade, Pernambuco ficou menor, muito menor, com a partida dela. Que hoje está, ao lado do seu Armando, na eternidade.
Fernando Machado
Encerrou-se, hoje, uma das mais interessantes páginas da história social de Pernambuco, com o falecimento da grande dama Maria do Carmo Magalhães QueiroZ Monteiro, um mito que ajudou a escrever momentos encantadores e corajosos da nossa vida em sociedade. Foi bater o ponto no céu ao lado do marido, Armando, e do filho Sérgio.
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