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“No Nordeste, o vírus está concluindo o seu ciclo”, diz Pazuello

Eduardo Pazuello — Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
O ministro interino da Saúde falou ainda sobre testagem em massa e reabertura dos espaços públicos

Em uma extensa entrevista à Revista VEJA publicada nesta sexta (17), o ministro interino da Saúde Eduardo Pazuello disse acreditar que a pandemia do novo coronavírus no Nordeste está chegando ao fim. “Considero que, no Norte e no Nordeste, o vírus está concluindo o seu ciclo. Podemos inferir que lá a pandemia está acabando neste ano”, afirmou.

O General Pazuello assumiu a Saúde como interino há dois meses, após a saída de Teich — Foto: Reprodução

Em contrapartida, Pazuello avalia que nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul os casos tendem a aumentar, espalhando-se das regiões metropolitanas e avançando para o interior. Ainda assim, de acordo com o ministro as consequências da infecção nas pessoas tendem a diminuir. “Mas precisamos de algumas semanas para fazer esse diagnóstico com precisão”, esclareceu.

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Mandetta comandou a Saúde até meados de abril de 2020, quando foi demitido por Bolsonaro — Foto: Marcos Correa/PR

Pazuello criticou ainda, a estratégia adotada por Mandetta, que comandava o Ministério da Saúde no início da pandemia. “Ele imaginava que a melhor coisa era ficar em casa até passar mal. Não vou dizer que ele estava errado ou que teve dolo. Na época era o que tinha de certo. Isso é a curva de aprendizagem. […] Agora é tratamento imediato, nada de ficar em casa doente”, explicou.

O interino falou também sobre testagem em massa, declarando que essa não é uma iniciativa essencial. “Criaram a ideia de que tem de testar para dizer que é coronavírus. Não tem de testar, tem de ter diagnóstico médico para dizer que é coronavírus”, afirmou.

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O ministro posicionou-se quanto à reabertura dos espaços públicos e das atividades econômicas — Foto: Paullo Allmeida/FolhaPE

Sobre a reabertura gradual das atividades econômicas e espaços públicas nos estados, Pazuello deixou claro que a decisão não cabe ao Ministério da Saúde, mas aos governadores. Entretanto, disse acreditar que a medida não é um perigosa. “A abertura não tem a ver com novas mortes. Já temos a velocidade do tratamento e o entendimento da doença. É vida normal de uma doença, vai entrar nessa nova normalidade. A solução para a Covid é a vacina, não tem outra. O resto é conviver com ela e tomar todas as medidas de prevenção”, disse.