De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, os próximos passos serão a aprovação dos estudos clínicos e os testes em humanos, para averiguar a segurança de um tratamento sorológico contra o coronavírus.
Ele também destacou que esse tipo de terapia com sorologia é usado há décadas em doenças como a raiva, o tétano e picadas de abelhas e cobras. Silva, aliás, também ressaltou a importância de patentear a pesquisa brasileira. “É importante fazer esta etapa de patente. Tudo foi desenvolvido aqui no Brasil e é importante fazer essa proteção intelectual”, disse em entrevista ao G1.
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O pedido de patente da tecnologia foi feito pelo presidente da Faperj e pelo médico e presidente do Instituto Vital Brazil (IVB), Adilson Stolet. Segundo Silva, ainda seria preciso identificar qual a fase mais propícia da infecção do coronavírus para a aplicação dos anticorpos neutralizantes em humanos. Ele, no entanto, acredita que será em pacientes moderados e hospitalizados.
O pesquisador também falou sobre as vantagens em se utilizar anticorpos produzidos por cavalos. “Qual é a vantagem dos cavalos? Por exemplo, no caso de raiva, um só um cavalo produz 600 ampolas da imunoglobulina para tratamento”, comparou. Além disso, ele também adiantou que os testes clínicos poderão ser realizados em parceria com o Instituto D’Or, que hoje lidera as pesquisas da vacina contra o coronavírus desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford no Rio de Janeiro.
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