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Estudo aponta que 4 em cada 10 deixaram de ir ao médico por medo

Estudo aponta que 4 em cada 10 deixaram de ir ao médico por medo
Seguindo as determinações do decreto, os clientes e funcionários de todos os estabelecimentos são obrigados a usar máscaras. Foto: Diorgenes Pandini/NSC.
As pessoas tiveram receio de se contaminar com o coronavírus.

Um estudo realizado pela Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing apontou que 4 em cada 10 pessoas deixaram de ir ao médico na pandemia por medo de serem contaminadas pelo novo coronavírus. O levantamento foi feito no mês de julho por meio de questionários online e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil.

O foco da pesquisa era abordar o sentimento geral da população em relação ao momento atual e à retomada das atividades. Assim, questões relacionadas aos setores do Trabalho, Turismo, Saúde e Lazer foram priorizadas.

Estudo aponta que 4 em cada 10 deixaram de ir ao médico por medo
Pandemia causada pelo coronavírus mudou hábitos das brasileiro – Foto: Fernanda Sunega/Fotos Públicas/Agência Senado
Estudo aponta que 4 em cada 10 deixaram de ir ao médico por medo
O uso de máscara tornou-se obrigatório em locais públicos – Foto: Ed Machado/FolhaPE.

Segundo o estudo,  42% dos entrevistados (quatro em cada 10) precisaram de alguma ajuda médica neste período mas não foram ao médico por receio do contágio. Entre os principais motivos para a necessidade de consulta estavam problemas dermatológicos (23% dentre os que precisaram e não foram), dores na coluna (21%) e crises de ansiedade ou agravamento de depressão (15%).

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Para quase metade destas pessoas (44%), aliás, o problema que a teriam feito ir ao médico em condições normais persiste ou está piorando devido à falta de cuidado profissional. Além disso, 19% avaliam que a saúde piorou durante a pandemia. Mas, ainda assim, 65% acreditam que a saúde permanece nas mesmas condições nesse período.

A pesquisa também coletou a opinião dos entrevistados sobre a telemedicina, recentemente regulamentada no Brasil. De acordo com o levantamento, apenas 6% dizem que não gostam da ideia e não fariam uma consulta dessa forma. Outros 29% não simpatizam muito, mas recorreriam a ela se houvesse necessidade, e os demais 55% são simpáticos a nova modalidade de atendimento médico. Apesar disso, a maioria ainda não experimentou a nova tecnologia. Segundo o estudo, somente 1 em cada 5 entrevistados (22%) já realizou uma consulta por vídeo.

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Atividades passam por reabertura após medidas rígidas de protocolo – Foto: Mário Oliveira/SEMCOM
Futuro

O estudo aponta, ainda, que o sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer.

Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. No entanto, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

Segundo o estudo, maioria dos entrevistados tiveram receio de ir ao médico – Foto: Zanone Fraissat/Folhapress.
Viagens estão entre os principais planos pós pandemia – Foto: Pilar Olivares/Reuters.
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A pesquisa também revelou que muitos brasileiros já fazem planos para quando a pandemia acabar. Um dos principais está ligado ao setor de Turismo e Lazer. Segundo o levantamento, 70% dos entrevistados pretendem viajar assim que possível.

Outros planos muito presentes, aliás, são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Uma parte considerável também admitiu ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu 38% do público pesquisado e o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros que responderam à pesquisa.