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Clarice Lispector recebe título de cidadã pernambucana pela Alepe

Clarice Lispector - Foto: Reprodução
A escritora Clarice Lispector viveu a infância e parte da adolescência no Recife

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) concedeu o título honorífico de cidadã pernambucana, post mortem, para a escritora Clarice Lispector (1920-1977). A homenagem concedida este ano coincide com o momento em que se comemora seu centenário e em que foi declarada patrona da literatura em Pernambuco. A solenidade de oficialização está programada para o próximo dia 10 de dezembro, data em que a escritora completaria 100 anos.

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O pedido de concessão do título foi oficializado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e tramitou na Alepe por proposição do deputado Marco Aurélio. Trata-se de um importante reconhecimento à escritora que viveu no Recife até os 14 anos, tendo em seus contos e crônicas a demonstração da sua ligação com a cidade.

“Mais do que qualquer outro autor brasileiro, a escritora, ucraniana de nascença mas de alma brasileira, já que chegou no país aos dois meses de vida, é um fenômeno literário. Sua escrita, com estilo intimista que popularizou as narrativas psicológicas, marcou a literatura do século XX. À frente de uma instituição que tem entre as suas missões salvaguardar a memória e a cultura, não poderia esquecer Clarice Lispector”, ressalta o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos.

Clarice Lispector é considerada um dos maiores nomes da literatura brasileira e estreou com o premiado romance “Perto do coração selvagem” (1943). Além de romancista, autora dos aclamados “A paixão segundo G.H.” (1964) e “A hora da estrela” (1977), firmou-se como grande contista graças a títulos como “Laços de família” (1960) e “A legião estrangeira” (1964). Sua produção inclui também obras para o público infantojuvenil e um vasto número de crônicas. Seus livros hoje são amplamente traduzidos e divulgados, o que faz com que Clarice Lispector seja comparada a Virginia Woolf, James Joyce e Katherine Mansfield.