Milhares de manifestantes foram às ruas de Paris neste sábado (5) para denunciar a violência policial e os planos da política de segurança do presidente da França, Emmanuel Macron. Segundo os participantes dos atos, as mudanças propostas, dentre elas a proibição da gravação e a divulgação de imagens de policiais em ação, ameaçam as liberdades civis. Até o momento, oito agentes da força de segurança ficaram feridos durante confronto e 64 pessoas foram presas.
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De acordo com a polícia de Paris, cerca de 500 “desordeiros” se infiltraram entre os manifestantes pacíficos e pelo menos 30 foram presos. Muitos cartazes traziam a frase: “Todo mundo odeia polícia”. No Twitter, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, agradeceu aos agentes que se mobilizaram na contenção dos protestos diante de “indivíduos às vezes muito violentos”.
Os protestos surgiram após o governo apresentar um projeto de lei de segurança no Parlamento que visava aumentar suas ferramentas de vigilância. Um dos artigos do projeto prevê punição para a gravação e a divulgação de imagens de policiais em ação se feitas de maneira mal intencionada. O artigo 24 da lei pune com um ano de prisão e multa de até 45 mil euros (R$ 288 mil) a divulgação da “imagem do rosto ou de qualquer outro elemento identificador” de policiais em ação.
Os cerca de 90 atos que ocorreram neste sábado, que também foram registrados em cidades como Marselha, Lyon, Montpellier e Rennes, e são similares aos do último sábado (28), quando outros milhares ocuparam as ruas da capital francesa.
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