Vinhos brancos e rosés de ótimo custo-benefício para o verão

• Por Bruno Albertim

Depois da consagração do espumante brasileiro, de grande frescor e prêmios mundo afora, a vez é do vinho branco brasileiro ganhar mais a confiança do consumidor nacional. Com conhecimento já bem experimentado do potencial de cada cepa para cada terroir, e nossas temperaturas um tanto mais elevadas, estes vinhos trazem a presença de fruta no olfato e no palato, mas também notas mais complexas, florais.

E o melhor, com um preço que não depende dos humores do dólar. Como nosso começo de ano coincide também com as férias de verão, vão aqui algumas impressões sobre vinhos apresentados pelo sommelier pernambucano Helton Silva pra fazer bonito no isolamento familiar na praia ou piscina. São três da brasileira Miolo, extremamente acessíveis, a despeito da qualidade sólida, e dois gringos.

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A Miolo parece não estar mesmo de brincadeira quando o assunto é mostrar novas potências para o branco nacional. Com a uva italiana que vai se convertendo em nova paixão brasileira, confirma a qualidade do Reserva Pinot Grigio: ótima acidez, notas bem definidas de frutas frescas. Inclusive, para os veganos, fica o toque: é ótimo com vegetais na brasa. Menos de R$ 50, a garrafa.

É importante também que se saiba que nem o Seleção, o vinho de entrada da já centenária Miolo é o mesmo. A linha conta agora também com um rosé que faz bonito na beira da piscina. Corte de Tempranillo e Cabernet Sauvignon, aromas médios, levemente floral, com notas de morango e pêssego. Super refrescante. E o preço é pra comprar de caixa. Podes ser encontrado a menos de R$ 30, a garrafa.

Mas a grande revelação desta nova geração de brancos está na linha Fortaleza do Seival, a linha de produção da Miolo no terroir da Campanha Gaúcha, fronteira com o Uruguai. Facílimo de beber, super fresco, notas de maçã verde, lima e um pouco de pêssego. Ótimo com bolinhos de bacalhau ou pratos com molho de tomate. Também uma barbada: menos de 30, a garrafa.

Aproveitando a boa onda para vinhos frescos, vão também como dicas dois gringos excelentes. Ambos distribuídos pela Grand Cru. Um é o já clássico por aqui Les Pinèdes, um rosé da Provance bem elegante, frutas vermelhas sem demasia, toques de flores. Muito fresco e persistente em boca. Cerca de R$ 100. Outra surpresa é o Pinot Grigio da vinícola italiana Manara, feito, contudo, na Sicília. Na maior ilha do Mediterrâneo, a uva branca da moda produz um branco de fruta mais concentrada: pêssegos, abacaxi e frutas cítricas – na boca é também bem fresco. Um vinho que pede outra garrafa. Cerca de R$ 80.