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Número de divórcios no Brasil bate recorde histórico em 2020

Separação aumentou no país - Foto: Reprodução/Getty Images/Via G1
Dados são do Colégio Notarial do Brasil.

Pelo visto a pandemia trouxe consequências também paras os casais. Um levantamento do Colégio Notarial do Brasil apontou que o número de divórcios no país atingiu números históricos no segundo semestre do ano passado, chegando a 43.859 divórcios extrajudiciais.

Segundo o estudo, a quantidade é 15% maior do que a registrada no mesmo período de 2019, quando foram contabilizas 38.174 dissoluções matrimoniais. Além disso, a variação de um ano para outro é, ainda, 13% superior à média histórica nacional que apontava crescimento anual de 2% nos divórcios em Cartórios desde 2010, ano em que foi introduzido o divórcio direto no Brasil por meio da Emenda Constitucional nº 66/2010.

De acordo com o levantamento, aliás, outubro foi o mês com maior número de divórcios desde 2007, com mais de 7,6 mil separações em todo o país.

“Este ano atípico de 2020 provocou muitas mudanças, tanto na convivência entre as pessoas, como também na prestação de serviços aos cidadãos. Os Cartórios de Notas obtiveram a autorização nacional para prestarem uma série de serviços em meio eletrônico, possibilitando que os cidadãos resolvessem seus problemas, tanto pessoais como patrimoniais, sem sair de casa, contribuindo com o isolamento social e evitando que situações de má convivência permanecessem sem serem solucionadas”, explica a presidente do Colégio Notarial do Brasil, Giselle Oliveira de Barros.

O crescimento anual de divórcios, conforme a pesquisa, é reflexo do aumento no número destes atos em 22 Estados e no Distrito Federal, com crescimento significativo no segundo semestre do ano passado. Os percentuais foram, assim, os seguintes: Acre (50%), Alagoas (21%), Amazonas (17%), Ceará (14%), Distrito Federal (26%), Espírito Santo (30%), Goiás (19%), Maranhão (19%), Minas Gerais (11%), Mato Grosso do Sul (49%), Mato Grosso (15%), Pará (14%), Paraíba (19%), Pernambuco (34%), Paraná (13%), Rio de Janeiro (8%), Rio Grande do Norte (26%), Rondônia (54%), Roraima (26%), Rio Grande do Sul (7%), Santa Catarina (95), Sergipe (21%) e São Paulo (18%).