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Mateus Carrieri comenta sobre transição de gênero do filho

Mateus Carriei com Nico - Foto: Reprodução/Instagram
“Estou me adaptando a essa realidade, da aceitação dele em relação ao gênero" disse Carrieri no podcast Paternidade.doc.

O ator Mateus Carrieri falou pela primeira vez sobre a transição de gênero de seu filho, Nico, de 13 anos. O menino, que se chamava Anna Francesca, se reconhece como um homem trans.

“Estou me adaptando a essa realidade, da aceitação dele em relação ao gênero (…). É a primeira vez que estou falando sobre isso (…). Mas acho que está na hora mesmo e acho que ele sente isso”, disse Carrieri no podcast Paternidade.doc. Ele também é pai de Anna Chiara, de 15 anos, e Kaike, de 36.

Mas uma coisa é você achar natural na casa do vizinho e o grande teste é quando isso entra para dentro da sua casa, né? Como você vai reagir… Porque muita gente fala: ‘Eu acho tudo lindo, tudo natural, está tudo certo, desde que seja na casa do vizinho’. E aí pra mim foi o grande teste de perceber que eu sempre tive essa cabeça, graças a Deus, sem preconceito, achando que estava tudo certo”, afirmou ele.

Mateus com Kaike, Nico e Anna Chiara – Foto: Reprodução/Instagram

“Desde que comecei a perceber, porque eles não falam, né? Eles não veem e contam tudo logo de cara. Nem eles sabem [sobre orientação sexual e gênero]. Mas você começa a perceber alguns sinais, que podem ser algum sinal ou não. E quando comecei a perceber esses sinais, em minha cabeça já veio: ‘Está tudo certo!’. Não tem problema nenhum. Tenho que me preocupar com as coisas que os pais se preocupam: se vão bem na escola, se são educados, se têm bom caráter (…). Se eles vão ter um primeiro namorado ou namorada, isso não tem a menor importância. Dei liberdade para eles serem o que são”, disse Carrieri.

“Estou trabalhando isso na minha cabeça para usar a nomenclatura certa que ele deseja que eu use. Ele tem que entender quando eu dar uma escorregada, para mim é muito orgânico falar ‘minhas filhas’. Eu me policio (…). Ele vai ter que ter essa paciência de entender esse comportamento de 14 anos. Saber que ele tem todo o apoio dentro de casa e que vou comprar a briga dele fora de casa (…) No que eu puder proteger, eu vou. E dentro de casa, que é o porto seguro, vai ser o que ele quiser (…). Meus filhos me contam tudo o que eles fazem, o que querem.”