Governador de NY caminha com base após acusações de assédio sexual

 

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, caminhou na sexta-feira (12) com base pela Mansão do Governador. O motivo está relacionado às acusações de assédio sexual contra sete mulheres em Albany, em Nova York.  De acordo com os relatos das vítimas, a acusação partiu desde comentários inapropriados, investidas indesejadas e alegações de assédio sexual. 

A primeira a vir a público foi Lindsey Boylan, ex-funcionária do governo estadual que, em dezembro do ano passado, escreveu no Twitter que Cuomo a beijou nos lábios sem seu consentimento. Em seguida, ela alegou que em determinada ocasião, a convidou para jogar strip poker.

 

“@NYGovCuomo me assediou sexualmente por anos”, tuitou Boylan. “Muitos viram, e só assistiram. Eu nunca conseguia antecipar o que esperar: eu seria cobrada por meu trabalho (que era muito bom) ou assediada pela minha aparência. Ou seria ambos na mesma conversa? Foi assim por anos.”

Em fevereiro, Boylan, que atualmente concorre a um cargo público em Manhattan, repetiu detalhes sobre o episódio, que teria ocorrido em 2018. Em nota, o gabinete do governador negou as alegações.

Porém, dias depois, outra ex-assessora, Charlotte Bennett, de 25 anos, disse ao jornal The New York Times e à rede CBS News que em 2020, o governador de 63 anos fez várias perguntas sobre sua vida sexual.

Segundo Bennett, Cuomo disse que estava solitário e que não se importava de se envolver com uma mulher na faixa dos 20 anos. Ela diz que as perguntas a levaram a concluir que ele “estava tentando dormir comigo” e que relatou tudo ao chefe de gabinete. 

Como resposta, ela foi transferida para outro setor e, depois, pediu demissão.

Além dessas mulheres, outras também se posicionaram contra o comportamento do político, alegando que também foi vítima de assédio sexual.

Com os relatos políticos democratas, como os senadores dos EUA Chuck Schumer e Kirsten Gillibrand e os representantes Alexandria Ocasio-Cortez e Jerry Nadler, juntaram-se a favor da demissão de Cuomo.  Em resposta, o governador insistiu “Não renunciarei”, destacou. 

“Eu não fiz as coisas que me acusam”, acrescentou em coletiva.