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Papa recebe presidente da Argentina, Alberto Fernández,no Vaticano

Foto: Reprodução/Vatican Medias/ Handout/AFP
Encontro proporcionou uma audiência para debater assuntos sérios como Covid-19, vacinas e dívida externa

O papa Francisco recebeu seu compatriota, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Vaticano, nesta quinta-feira (13), uma audiência. O encontro foi para debater temas urgentes como pandemia da Covid-19, liberação de patentes de vacinas e dívida externa.

A audiência, que aconteceu a portas fechadas foi realizada no estúdio da Sala Paulo VI no Vaticano e durou cerca de 25 minutos, informaram fontes vaticanas.

Esta é a quarta e última etapa da viagem de Fernández pela Europa. O presidente argentino passou por Portugal, Espanha e França, países onde conquistou apoios para sua delicada gestão da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Clube de Paris.

Fernández chegou ao Vaticano acompanhado por uma delegação oficial liderada por sua esposa, Fabiola Yañez; pelo secretário de Culto, Guillermo Oliveri; e pelo ministro da Economia, Martín Guzmán. Foram recebidos com todas as honras pelas autoridades vaticanas.

Ao final do encontro privado com Fernández, o papa recebeu a delegação para a tradicional troca de presentes.

Francisco deu ao presidente argentino um mosaico, enquanto Fernández lhe deu livros, uma estola e mel produzidos por uma cooperativa argentina.

Fernández, de 62 anos, já havia sido recebido pelo papa, no Vaticano, em janeiro de 2020, depois de sua vitória eleitoral. Foi uma audiência privada particularmente longa, marcada pela cordialidade, na qual falaram de pobreza e da dívida deste país sul-americano.

No tema da dívida externa, ambos, que se conhecem há anos, “têm muitas coincidências”, como reconheceu o próprio presidente na ocasião.

A aprovação há quatro meses da lei de Interrupção Voluntária do Aborto por parte da Argentina esfriou, no entanto, as relações entre o governo peronista e a Igreja Católica.

A questão ofusca o apoio dado pelo papa argentino, em diferentes oportunidades, à batalha contra a gigantesca dívida externa dos países, que “condena os povos à escravidão” e que considera “impagável”, como já denunciou.