O interesse pelo antigo disco de carne alemão recriado e globalizado pelos americanos na primeira metade do século 20 não pára – ao contrário, só ganha motivos pra crescer. Num “beer garden” lindíssimo, onde o espelho d’água diante do molhe de arrecifes do Porto do Recife pode ser contemplado entre goles de cervejotas ou de um super bem tirado chope, funciona agora o Meat Me.
No térreo do museu Cais do Sertão, a casa é tocada pelos mesmos sócios responsáveis pelo Cais Roof Top, o restaurante cenográfico instalado no topo do prédio com aquela vista em que o Recife não tem mesmo qualquer medo de ostentar a si próprio. A administração é compartilhada entre os sócios Gustavo Satou, Oscar Gundes, Thiago Figlioulo e Vernier Lucena. Assim como no restaurante, o cardápio é desenvolvido pelo chef Renato Valadares.
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Uma das seções do cardápio é inteiramente dedicada aos smash burgers, tendência americana que ganha força por aqui: não-moldados em fôrma, os discos, mais finos, “esmagados” diretamente sobre a chapa, com a carne de sabor “mais caramelizado” pelo contanto mais amplo com a superfície quente. O Smash duplo, por exemplo, traz dois discos de 45 gramas, com cheddar e picles (R$ 19}.
E há também os burgers altos e especiais, com força de grande refeição. Um deles é um disco generoso de carne de angus, 18O gramas, queijo brie amolecido, uma geleia de pimenta e uma farofinha de avelã em pão maltado (R$ 39, passaporte imediato praquele céu azul ali no horizonte sobre o mar}. Ou o hambúrguer de blend de angus em chedar cremoso, cebola caramelizada com geleia de pitanga e bacon crocante em pão australiano. (R$ 33 }.
Há também uns belisquetes – com ótimos molhos. Mas os burgers que justificam a casa são mesmo o grande motivo para voltar – sempre – àquela paisagem.
Por Bruno Albertim
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