Vacina da Janssen deve ser entregue para as capitais às pressas

 

O Ministério da Saúde comunicou técnicos das secretarias estaduais de saúde de todo o país que os três milhões de doses da vacina da Janssen, previstas para chegar ao país ainda neste mês, terão que ser aplicadas até 27 de junho, data em que termina o prazo de validade do imunizante.

A informação preocupou os gestores estaduais, já que o prazo entre a chegada e a aplicação da vacina gera um desafio logístico de grandes proporções. A expectativa é que cheguem em 15 de junho, ou seja, terão menos de duas semanas para receber e fazer a distribuição das doses para os municípios. Alguns já manifestaram descontentamento e são contrários às condições em que terão que trabalhar.

 

Segundo estudo divulgado em janeiro, a vacina fabricada pela Johnson & Johnson apresenta eficácia de 85% na prevenção de casos graves, além de oferecer proteção completa contra hospitalização e morte por Covid-19, além de ser aplicada em dose única. É considerado o imunizante ideal para países em desenvolvimento, devido ao seu desempenho e as facilidades logísticas relacionadas a armazenamento e distribuição – as doses podem ser armazenadas em geladeira.

De acordo com o ministério, que confirmou o prazo de validade do imunizante, a primeira ação será o direcionamento das doses para as capitais, num esquema semelhante ao que está sendo feito com a Pfizer. A pasta pretende, também, ampliar a campanha de incentivo à população para que procurem os postos de saúde. Atualmente, o país tem capacidade de aplicar até 2,4 milhões de doses da vacina por dia, segundo afirma o ministério, o que possibilita a aplicação do imunizante em poucas horas.

A expectativa, segundo acordo assinado com a empresa, é de que 38 milhões de doses da vacina cheguem ao Brasil até dezembro.

Com informações da Folha de São Paulo.