Política

Superpedido de impeachment contra Bolsonaro será protocolado

Jair Bolsonaro - Foto: Alan Santos/PR
O documento reúne mais de 100 pedidos feitos por siglas e grupos de oposição e parlamentares que se arrependeram de ter apoiado o presidente

Folhapress

Líderes de partidos, de movimentos sociais e deputados decidiram em reunião nesta quinta-feira (24) que apresentarão na quarta-feira (30) o chamado superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, que reúne mais de 100 pedidos feitos por siglas e grupos de oposição e parlamentares que se arrependeram de ter apoiado o presidente, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).

Presidentes de PSOL, PT, PC do B, PDT, PSB, Rede, UP, PV e Cidadania têm liderado as discussões. A expectativa é a de que por se tratar de iniciativa supraideológica o pedido tenda a ganhar força e elevar a pressão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), analise as acusações.

A entrega dos pedidos contará também com um ato na Câmara dos Deputados, em Brasília, programado para as 14h30, com a presença de entidades que fazem parte da mobilização pelo superpedido, como UNE (União Nacional dos Estudantes) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), além de parlamentares.

“Vamos presencialmente. Ainda que o sistema seja remoto, todas as entidades e partidos queremos que o ato seja de unidade nacional. É preciso que a voz das ruas ecoe no parlamento. Não é possível que o presidente Arthur Lira (PP-AL) silencie frente a essa voz das ruas que se avoluma. A crise se amplia, as denúncias se agravam, e o Congresso não pode ficar surdo. Os fatos da semana falam por si sós”, diz o deputado José Guimarães (PT-CE).

Para os envolvidos, o ato e a entrega do pedido vão dar início a um período decisivo de mobilização contra Bolsonaro. A campanha Fora, Bolsonaro, que encabeça os protestos nacionais contra o presidente, marcou para 24 de julho as próximas manifestações.

“Esse novo pedido é muito importante, primeiro porque vem com a força e mobilização permanente das ruas contra Bolsonaro, e também porque agora reúne todos pedidos anteriores, de movimentos sociais e partidos, e deverá reforçar ainda mais os próximos protestos”, diz Iago Montalvão, presidente da UNE.

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