Inglaterra vai liberar aglomerações e uso de máscaras

 

A Inglaterra vai desobrigar o uso de máscaras a partir do próximo dia 19 de julho. A medida, que restringe o uso do aparelho de proteção contra a Covid-19 às instalações médicas, passa a vigorar na mesma data em que todas as restrições impostas no país serão encerradas.

Atualmente, o Reino Unido enfrenta uma alta de casos da doença, e deve manter barreiras para entrada e saída de viajantes do país.

 

A decisão do governo é de permitir que a população escolha como lidar com os riscos, mantendo a recomendação do uso da máscara, mas sem obrigatoriedade. Além disso, aglomerações em espaços públicos ou privados também serão liberadas, bem como a desobrigação para as empresas manterem parte das equipes em trabalho remoto.

A derrubada das restrições desobriga, ainda, o isolamento às pessoas que tiverem contato com alguém contaminado, além de tornar desnecessário escanear QR Codes ao frequentar restaurantes e pubs.

Com relação aos viajantes, os plenamente vacinados poderão ir aos países presentes na lista âmbar sem que precise fazer quarentena ao retornar. Na lista vermelha, países da América do Sul permanecem com viagens restritas.

Sétimo país com mais mortes pela Covid-19 no mundo, com quase 130 mil óbitos, o Reino Unido demorou a adotar medidas de restrição no início da pandemia. No começo de 2021, um confinamento rígido foi imposto e começou a ser suavizado em março, com escolas, lojas não-essenciais, cinemas, museus e restaurantes sendo reabertos aos poucos. Agora, grandes eventos, como megashows, passam a ser liberados.

A liberação para a realização das rodadas finais da Eurocopa no Estádio de Wembley, permitindo a presença de 60 mil torcedores, já indicava a volta dos eventos de massa no país.

Com o maior percentual de imunização do mundo, já que 86% da população adulta recebeu ao menos uma dose da vacina e 64% está completamente imunizada, o Reino Unido viu o número de casos graves e de mortes reduzirem, possibilitando a reabertura quase integral.

Mesmo assim, a variante Delta tem feito com que o país viva uma alta de casos, com 24.248 novas infecções registradas neste domingo (04), quase 10 mil a mais do que há uma semana. Já as mortes estão em um baixo nível, com uma média de 18 por dia. O governo afirmou estar preparado para uma possível alta de casos após a reabertura.

A flexibilização das medidas, porém, é questiona por especialistas e líderes políticos, que criticam a mudança, afirmando que a nova política pode confundir a população acerca do uso das máscaras e espalhar o medo de circulação das pessoas mais vulneráveis.