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Brasil vai estudar aplicação de terceira dose da Coronavac

Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Imunizante do laboratório chinês Sinovac é o segundo mais aplicado no país

Após estudos indicarem uma queda da proteção gerada pela Coronavac, imunizante contra a Covid-19 produzido pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou que a pasta encomendou uma pesquisa a fim de avaliar a necessidade de aplicação de uma terceira dose da vacina.

O trabalho será feito através da aplicação de uma dose de reforço das vacinas disponibilizadas no Brasil (Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen) nas pessoas que foram imunizadas com a Coronavac há pelo menos seis meses.

“Existem estudos que já mostram que a proteção (da CoronaVac) começa a cair com seis meses. Então, estaremos vacinando pessoas que já tenham tomado duas doses da CoronaVac, seis meses depois da segunda dose. Temos quatro grupos, um grupo tomará um reforço com CoronaVac, outro com Janssen, outro com Pfizer e outro AstraZeneca”, declarou Sue Ann Clemens, pesquisadora responsável pelos trabalhos.

Aplicada principalmente em idosos e profissionais da saúde, prioridades no início da vacinação no Brasil, a Coronavac foi o primeiro imunizante anticovid disponível no Brasil. Um estudo desenvolvido na China, no entanto, apontou a diminuição dos anticorpos gerados pela vacina após seis meses da segunda dose. A informação corrobora com a fala de pesquisadores chilenos que também apontaram a queda da efetividade do imunizante após esse período.

Atualmente, a Coronavac é a segunda vacina mais aplicada no Brasil, responsável por quase 37,8% das doses aplicadas no país.