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Morre no Rio o ex-ministro da Cultura Francisco Weffort

Foto: Marcos Michael/VEJA
Causa da morte foi infarto do miocárdio, Weffort tinha 84 anos

Morreu neste domingo (1º), aos 84 anos, o cientista político e ex-ministro da Cultura na gestão FHC, Francisco Correa Weffort. De acordo com informações da Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a causa da morte foi um infarto do Miocárdio.

Francisco Weffort se formou em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo atuado também como secretário-geral da legenda, a qual se desfiliou em 1994. O motivo foi o convite que recebeu para assumir o Ministério da Cultura. Anos antes, participou ativamente da campanha das Diretas Já e dos protestos pela redemocratização do Brasil.

Enquanto ministro, conseguiu consolidar a legislação específica para a Cultura e atingiu os maiores níveis de captação de recursos via Lei Rouanet e arrecadação da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Brasileira em 2001. Na ocasião, o ministério também recebeu recursos vindos do Banco Interamericano de Desenvolvimento para serem utilizados na recuperação de sítios históricos brasileiros.

Em 2002, Weffort concedeu uma entrevista ao jornal Valor Econômico, onde afirmou que o foco da maioria dos projetos de sua gestão, que foram aprovados, eram as pequenas e médias cidades, e que implicou pequeno aporte financeiro. No entanto, outros atos mais grandiosos, como a restauração da Catedral da Sé, em São Paulo, e o resgate da sinagoga de Recife ganharam mais visibilidade.

Ainda durante sua gestão, ocorreu a retomada do cinema brasileiro, que saltou de 1,2% de presença nas salas de cinema em 1992 para 25% em 2001, com um aumento de 36 mil para quase 7 milhões de espectadores. Foi, inclusive, o fortalecimento do setor que resultou na criação da Agência Nacional do Cinema, em setembro daquele ano.

Como escritor, publicou várias obras, entre elas “Por que democracia?” (1984), “Qual democracia?” (1992) e “Formação do pensamento político brasileiro” (2006).