À mesa

Dona Carmem Virgínia abre restaurante de cozinha brasileira no Rio

Andressa Cabral e Carmem Virgínia abrem o Yayá no RJ - Foto: Divulgação
O Yayá já virou ponto de romaria do paladar no trecho da Zona Sul carioca – inclusive com clientes ilustres como alguns amigos de Carmem na cidade. Entre os tais, os atores Lázaro Ramos, Thaís Araújo e Rodrigo Hilbert.

Por Bruno Albertim

RIO DE JANEIRO – Há um novo ponto de parada obrigatório para quem visita a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Devotas e musas da criativa e, sem contradições, sempre tradicionalíssima nova cozinha brasileira, as chefs Andressa Cabral e Dona Carmem Virgínia uniram os talentos, as belezas e os ziriguiduns para abrir o Yayá, endereço do Leme onde turbinam clássicos da cozinha popular brasileira.

Andressa Cabral e Dona Carmem Virgínia – Foto: Divulgação

Charmosíssima, rústica e elegante, mil tons de cerâmica nas paredes e que tais, a nova casa está aberta na tranquilíssima Gustavo Sampaio, coração do bairro carioca vizinho a Copacabana. Como Carmem, Andressa também é uma sacerdotisa da cozinha cerimonial de terreiros. Há muito tempo mexe também com o paladar do Rio no seu Mezza-bar de drinques cativantes e comidinhas de fazer perder a hora. A pernambucana Carmem, como sabemos, é a chef e proprietária do Altar Cozinha Ancestral, que segue em funcionamento no bairro recifense de Santo Amaro. Para tocar os dois negócios, Carmem passa a se dividir por períodos de 15 dias entre as duas cidades.

Tradicional cozinha brasileira é o destaque do Yayá – Foto: Divulgação

É, portanto, o encontro de duas mulheres pretas, afirmativas, com grande parte de seus backgrounds culinários construídos no Axé. Se conheceram nos bastidores dos programas de TV onde ampliam seus discursos. No Yayá, ampliam também esse axé por uma cozinha de novas e antigas brasilidades.

Os clássicos da comida tradicional brasileira pelas chefs Andressa Cabral e Dona Carmem Virgínia – Foto: Divulgação

Pode-se começar com os mini acarajés ou iguarias da cozinha carioca de botecos como os bolinhos de moqueca. Ou o divino ceviche de pirarucu com leche de tigre de cupuaçu. E seguir com a “carne de onça”: um tartar de filé ao massala de mil especiarias feito por Carmem.

Ali, nossa farofa-de-bolão virão um “nhoque” sobre pirão de queijo. Pra coroar a epopeia, a moqueca de mil frutos do mar servida com uma salada sublime de couve e pepino e uma farofa amazônica de linguiça, mel e dendê. Ingrediente, como tudo aqui, afirmativo. “Dendê tem todas as propriedades do óleo de coco. Aliás, não tem nada de pesado, pesado é o racismo por trás dele”, avisa Andressa.

Há ainda bolinho de jiló com linguiça e espaguete de puxada de rede, com molho de moqueca, e o clássico arroz-de-hauçá, de coco queimado com carne seca, camarão e gengibre.

As porções são bem compartilháveis – e durante a semana tem executivo de algum clássico brasuca por R$ 39.

Agenciada por Preta Gil em seus contratos de publicidade, a pernambucana Carmem vive uma ótima fase na capital carioca. O Yayá já virou ponto de romaria do paladar neste trecho da Zona Sul carioca – inclusive com clientes ilustres como alguns amigos de Carmem na cidade. Entre os tais, os atores Lázaro Ramos, Thaís Araújo e o “homão da porra” Rodrigo Hilbert, incentivador para que a yabassé pernambucana abrisse a casa no Rio.

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