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Efetividade da vacina anticovid é impactada pela idade, diz estudo

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Resultados apontam a possibilidade na necessidade de uma dose de reforço para os mais velhos

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros, e que envolveu 75,9 milhões de pessoas imunizadas com as vacinas da AstraZeneca e a Coronavac apontaram que a idade do vacinado impacta na efetividade do imunizante, indicando que, quanto mais velho, menos proteção é gerada pela vacina.

Divulgado esta semana, a pesquisa é coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Manoel Barral-Netto, e traz dados coletados entre 18 de janeiro e 24 de julho de pessoas vacinadas no Brasil. O resultado desse estudo deve auxiliar na orientação das decisões de saúde pública.

Os dados apresentados resultaram na comprovação da efetividade das duas doses das vacinas contra casos moderados e graves de Covid-19, além de evitar infecções, hospitalizações e mortes. No entanto, enquanto o imunizante da AstraZeneca tem eficácia de 90,2% e a CoronaVac tem 73,7% contra óbito, os números caem para 65,4% e 33,6%, respectivamente, para aqueles com mais de 90 anos.

Os números indicam uma possibilidade da necessidade de uma dose de reforço para esse grupo acima de 80 anos que receberam a CoronaVac e para aqueles com mais de 90 anos que receberam a dose da AstraZeneca, resultados que foram apresentados ao Ministério da Saúde e ao grupo de especialistas em vacina da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As pessoas com idades a partir de 70 anos e os imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose já estão na lista do Ministério da Saúde para receberem a dose de reforço da vacina a partir da segunda quinzena de setembro.

O estudo foi realizado com pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia); do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia); da Universidade Federal da Bahia (UFBA); da Fiocruz Brasília; da Universidade de Brasília (UnB); da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ); e da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

Com informações do UOL.